Organismos
que apresentam o mesmo material genético são chamados dos clones. A clonagem
ocorre de maneira natural em espécies que se reproduzem assexuadamente. Nesse
caso, o novo indivíduo é um clone de seu progenitor, uma vez que se origina a
partir de mitoses das células do corpo deste.
A clonagem também pode acontecer artificialmente por meio de técnicas que
permitem desenvolver um animal ou uma planta a partir de uma célula somática,
ou seja, diferenciada, ou de seu núcleo.
A clonagem de animais a partir de células somáticas teve um grande impulso em
1997, quando Ian Wilmut (1944-) e outros pesquisadores escoceses obtiveram
sucesso ao clonar uma ovelha, que foi chamada Dolly (imagem).
A
clonagem em animais consiste em inserir o núcleo de uma célula somática no
citoplasma, de um óvulo, cujo núcleo foi previamente retirado.
-
Aplicação da clonagem:
A clonagem tem aplicações em
diversos campos, como agricultura, pecuária e medicina.
A clonagem de plantas é utilizada para obter cópias de indivíduos com alguma
característica de interesse, como maior resistência às pragas. As técnicas de
clonagem vegetal são mais simples e são utilizadas há mais tempo que as
técnicas de clonagem animal.
A clonagem de animais também visa obter cópias idênticas de indivíduos que
apresentem, por exemplo, maior produção de leite ou carne.
A clonagem em seres humanos tem fins terapêuticos, como a produção de órgãos ou
tecidos para transplantes, evitando-se, assim, a rejeição.
- Terapia
gênica:
Após localizar um gene envolvido na expressão de uma doença genética, é
possível estudar sua sequência de DNA e seu produto proteico. Com a compreensão
dos mecanismos genéticos e moleculares de uma doença, pode ser possível
desenvolver a terapia gênica.
Essa
terapia é uma estratégia terapêutica que utiliza a tecnologia do DNA
recombinante para alterar o genoma do indivíduo que se pretende curar. O
objetivo é reparar as deficiências de um gene (ou de um grupo de genes) afetado
ou até mesmo inibir a expressão de certos genes nas células-alvo. Para isso a
terapia pode envolver:
~ A substituição de um gene não
funcional por uma cópia funcional;
~ A deleção de um gene não
funcional;
~ A introdução de uma cópia gênica
normal sem modificação do gene original; ou
~ A adição de um gene ausente no
genoma.
Em
comparação com a criação de OGMs, que pode ser feita com óvulos fertilizados,
uma grande dificuldade de implementar a terapia gênica é inserir o gene
desejado em um grande conjunto de células de um indivíduo já crescido.
- Vetores
de DNA:
Diversos métodos vêm sendo desenvolvidos e aprimorados para o transporte de
genes às células somáticas. São utilizados vetores que funcionam como veículos
carregadores de genes para o interior das células. Em geral, esses vetores são
de natureza biológica, como os vírus e bactérias.
O tratamento de doenças humanas por meio da transferência de genes foi
originalmente direcionado para doenças hereditárias, como é o caso das hemofilias
e hemoglobinopatias. Atualmente, a maioria dos experimentos clínicos de terapia
gênica em curso está direcionada para o tratamento de doenças adquiridas, como
é o caso da AIDS, de doenças cardiovasculares e de diversos tipos de câncer.
Embora as pesquisas para desenvolvimento de terapias gênicas venham se
intensificando, essa é uma área nova do conhecimento, e até 2009 nenhum
tratamento desse tipo havia saído da fase experimental. Além da dificuldade de
inserir o novo fragmento de DNA em muitas células, também há o fato de que
muitas enfermidades não são decorrentes de problemas em um único gene.
Fonte: Livro- Ser Protagonista/ Biologia 3° ano- Fernando S. dos Santos, João Batista V. Aguilar e Maria M. Argel de Oliveira.
Fonte: Livro- Ser Protagonista/ Biologia 3° ano- Fernando S. dos Santos, João Batista V. Aguilar e Maria M. Argel de Oliveira.
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