Evolução da vida
Pelo dicionário Aurélio tem como definição a palavra evolução da seguinte forma:
[Do lat. evolutione.]
Passagem sucessiva de coisas, pessoas, acontecimentos, etc.
Movimento ou deslocamento gradual e progressivo em determinada direção.
Série de movimentos concatenados e harmônicos. . Antrop. Processo que, segundo certas teorias, determinam o surgimento de novos elementos socioculturais (técnicas, formas de organização social, crenças, costumes, conhecimentos, etc.), mais complexos e diferenciados, como resultado de adaptações e modificações contínuas e progressivas de elementos anteriores, mais simples.
Biol. Processo de formação ou surgimento de novas espécies de seres vivos, por processos naturais, a partir de espécies preexistentes. [Opõe-se, nesta acepç. a criacionismo.]
Biol. Restr. Darwinismo.
A evolução humana é de interesse praticamente universal. Esse tema é o ponto central dos ataques criacionistas à evolução, enquanto que para outros é o tema que pode oferecer pistas ao mistério que cerca o “modelo perfeito dos animais” e a compreensão das possibilidades e limitações da “natureza humana”. Mas nós devemos ter consciência de que ao mesmo tempo em que a biologia evolutiva tem muito a ver com a condição humana, esta também é parte da antropologia e sociologia, da psicologia e da história, e da filosofia, religião, artes. Os seres humanos são complexos demais para serem compreendidos somente pela perspectiva da biologia ou de qualquer outra área isolada do conhecimento (Futuyama et al. 2002).
A espécie humana apresenta uma posição filogenética dentro da Ordem Primata. Nesta, está a Superfamília Hominóide, que incluem grandes macacos e homens. Os homens modernos, da Família Hominidae diferem das outras espécies de Hominoidae na estrutura da coluna vertebral, pé associado com o bipedalismo, polegar opositor bem desenvolvido, cérebro aumentado.
Humanos e chimpanzés (Família Pongidae) têm seqüências idênticas de aminoácidos em várias proteínas; o DNA humano difere somente 1,1% dos pares de bases do genoma dos chimpanzés.
Wilson e Sarich (1969), estudando a distância imunológica do soro do chimpanzé e de humanos, concluiu que essas espécies divergiram há 4 ou 5 milhões de anos.
Os estudos para demonstrar o parentesco entre os Hominoidea incluem sequências de aminoácidos e outras proteínas e sequências nucleotídicas. A partir dessas análises, não consegue se distinguir o parentesco entre o chimpanzé ( Pan), gorila e homem, devido as relações tão próximas desses. Um teste de parcimônia de dados obtidos com enzima de restrição levou Templeton (1983) que o gênero Homo divergiu antes que os gêneros Pan e Gorilla divergissem um do outro. Já Nei e Tijama (1985), criticaram Templeton e concluiram, a partir dos mesmos dados, que Homo e Pan estão mais relacionados.
Durante a evolução dos hominídeos ocorreram algumas classes principais de mudanças, que começaram a ser observadas nos ancestrais primatas:
Mudanças nas mãos: o polegar completamente oposto é restrito aos grandes macacos (orangotangos, gorilas, chimpanzés) e humanos. O dedo polegar humano é mais longo do que no chimpanzé ou gorila. Além disso, é posicionado ligeiramente mais longe dos outros quatro dedos, o que lhe permite opor-se a eles, bem como ter maior rotação.
Nosso dedo polegar pode ser girado contra os dedos, o que permite pegar objetos de diferentes tamanhos com a mesma eficiência e manipulá-los com maior destreza. Essa alteração anatômica possibilitou uma ampla variedade de funções que os humanos têm e os macacos não.
O polegar opositor nos dá tanto força para agarrar, quanto precisão para desenvolver movimentos sutis. As atividades executadas pelas mãos humanas são bastante diversificadas e possibilitaram não somente a utilização de ferramentas como a lança e o machado, mas também linha e agulha.
Mudanças nos pés: o dedo que nos macacos é oponível, foi sendo perdido na evolução humana à medida que os pés foram evoluindo para o bipedalismo. Caracterizados por possuírem dedão grande e capaz de agarrar galhos, os pés das espécies de macacos atuais são adaptados essencialmente à vida nas árvores. Os pés dos humanos, por sua vez, são adaptados à locomoção bípede e o seu dedão serve como uma plataforma flexível para caminhar e correr.
Aumento do cérebro: Os chimpanzés atuais têm cérebros com 350 a 400 cm³, e provavelmente nossos ancestrais tinham cérebros de tamanhos semelhantes. Os cérebros dos humanos têm cerca de 1350cm³.
Mudanças nas mandíbulas e dentes: durante a evolução humana, as mandíbulas retraíram-se para trás para a face. Já as mandíbulas dos chimpanzés e nossos ancestrais projetam-se para frente de suas faces. Os nossos dentes também se tornaram menores, especialmente os caninos. Dentes humanos são geralmente menores e menos especializados que os dos macacos. E a perda de caninos distintivos nos Hominídeos às vezes é considerado como um sinal que formas menos competitivas e mais cooperativas de comportamento social emergiram há muito tempo. Nossas mandíbulas são relativamente pequenas. Esta tendência na diminuição da robustez coincide no registro fóssil ao uso de fogo, e portanto a substituição de uma característica física decorrente da aquisição de técnicas culturais que acabaram por assumir algumas das funções biológicas básicas, como mastigar materiais duros para torna-los digestível.
Bipedalismo: locomoção ereta sobre duas pernas. Essa adaptação se reflete também nas vértebras, no comprimento dos braços e na posição do crânio sobre a coluna cervical. Bipedalismo e postura ereta são duas características co-relacionadas que precederam o advento da espécie humana. Já se manifestavam em alguns de nossos ancestrais mais remotos. O fato de serem bípedes lhes permitiu sobreviver às mudanças climáticas que transformaram as florestas em savanas, há 5 milhões de anos.
Com a nova postura, as mãos ficaram livres para realização de outras tarefas que levaram ao aparecimento de um modo distintamente humano de vida. Nele se pode destacar a produção de ferramentas, com que o homem e seus ancestrais adquiriram vantagens na adaptação ao meio natural. Publicada no periódico "Proceedings of the Natural Academy of Sciences", em 16 de julho de 2007, uma pesquisa dirigida pelo antropólogo Michael Sockol, da Universidade de Nova York, propõe a teoria de que o ser humano passou a andar em pé porque isso é menos custoso em termos energéticos.
A conclusão do estudo afirma que o homem - por ser bípede - gasta 25% menos calorias para caminhar do que o chimpanzé, o qual anda com o auxílio dos braços, além das pernas. Talvez se possa considerar esse resultado uma evidência de que a preguiça é parte integrante da personalidade da espécie humana.
Mudanças no comportamento social e cultural: a situação cultural de uma sociedade pode ser observada por meio das ferramentas e outros objetos associados aos fósseis. A principal inovação da cultura humana é a linguagem, sendo difícil estudar sua origem.
Expansão do homem moderno
Atualmente é aceito que os primeiros hominídeos evoluíram da África. As questões difíceis, contudo, dizem respeito aos fenômenos que ocorreram durante o qual a evolução do homem moderno teve lugar.
De acordo com a hipótese Multirregional, com base nos registros fósseis, os ancestrais do homem moderno realizaram as primeiras migrações a partir da África, que duraram milhões de anos. Estas migrações permitiram a formação de diferentes populações de Homo erectus que evoluíram separadamente para as recentes raças humanas.
Já a segunda hipótese , a de Origem Única, diz que um pequeno grupo de humanos modernos teriam colonizado a Terra a partir de um único lugar. A evidência genética tende a favor dessa hipótese. A partir da análise de DNA mitocondrial de pessoas ao redor do mundo, mostrou evidência sobre um ancestral comum aos humanos atuais. Além disso, extraiu-se DNA de fósseis de Neandertal, observando que sua sequência era diferente das dos humanos atuais. Pela hipótese regional, esse DNA deveria caber na filogenia humana, mas na verdade isso não ocorre, sugerindo que do Neandertais não contribuíram geneticamente para populações atuais.
Evolução cultural
A evolução cultural consiste de mudanças no comportamento fundamentadas no aprendizado e não em alterações de freqüências gênicas. Ela pode ser tanto vertical (transmissão dos mais velhos para os mais jovens) como horizontal (por imitação de práticas entre irmãos e entre companheiros do mesmo grupo) (Futuyama, et al.2002).
As inovações culturas também sofrem processos seletivos, no sentido em que algumas práticas se tornem parte da cultura ou não, sendo fixadas devido à uma utilidade.
Segundo Futuyama (2002), a evolução cultural é larmarckiana: o comportamento, a língua e as peculiaridades de um individuo adquire durante a sua vida, são transmitidos para seus descendentes ou para outros indivíduos. Consequentemente, a mudança cultural pode ocorrer muito mais rapidamente do que a evolução biológica e mudanças súbitas podem ocorrer numa única geração.
Muitos autores têm especulado sobre quais as forças da seleção natural levaram às características marcantes dos humanos. Muitas características humanas, por exemplo, aparecem neotênicas (capacidade de retenção, na idade adulta, de características típicas da sua forma jovem ou larval). Neotenia pode ser conseqüência da lentidão do processo de maturação dos humanos. Tal demora, segundo Futuyama (2002), pode ser conseqüência da seleção para o grande aprendizado (inteligência), que é, nossa característica mais importante.
Com o aumento da capacidade para a cultura, os seres humanos foram moldando para si próprios um meio social cada vez mais complexo e variável. As pressões culturais foram responsáveis pela aquisição de novas características, como o aumento do pênis, sendo uma conseqüência da seleção sexual. Outra aquisição foi a receptividade sexual contínua da fêmea, talvez sendo uma adaptação para manter a união do casal. Entretanto, existem pouquíssimas evidencias de tais hipóteses, sendo difícil testa-las.
Algumas dúvidas surgem a respeito de como a inteligência evoluiu a um grau tão extraordinário. Segundo Futuyama (2002), a inteligência e selecionada positivamente (quanto mais freqüente essa característica, mais vantajosa ela é). Tem sido sugerido que a inteligência pode ter evoluído através das competições e agressões entre os hominídeos primitivos, que necessitavam de habilidades mentais cada vez maiores. Porém, não há evidências a respeito. Em outra hipótise, a inteligência pode ter evoluído em ambientes pacíficos, onde havia uma desvantagem em indivíduos menos inteligentes, seja na sua sobrevivência ou reprodução.
Homo sapiens é uma espécie cosmopolita. Não existem barreiras biológicas de isolamento entre as populações humanas, embora os acasalamentos geralmente ocorram a partir das barreiras culturais criadas.
Os estudos de variação genética que a humanidade divergiu muito recentemente na historia. Existem diferenças muito pequenas entre as “raças”, além das morfológicas facilmente reconhecidas. E, não há razão para distinguir as “raças” em grau de habilidades mentais.
Nei e Roychoudhury construíram um fenograma que mostra o grau de similaridade entre as populações humanas. Considerando as freqüências gênicas, de uma maneira geral, a similaridade genética das populações está relacionada com a proximidade geográfica, que é esperado quando há fluxo gênico.
As condições culturais das sociedades humanas têm influenciado e continuam influenciando nossa evolução biológica. A partir daí, surgem questões, como: nosso comportamento pode ser limitado pelos genes?
Devido a nossa capacidade sem paralelo para a aprendizagem e para o pensamento e à história exclusiva da experiência pessoal de cada um, cada ser humano experimenta um ambiente diferente e a variação no nosso comportamento é, correspondentemente, diversa.
Nosso comportamento é geneticamente determinado no sentido comum, porém também é verdade que nosso comportamento é uma consequência do ambiente.
Argumentar que nosso comportamento, como uma espécie, é geneticamente determinado, significa simplesmente dizer que ele tem limites- que a norma de reação é tão limitada pelos nossos genes de tal forma que o quer que seja, se desenvolva independentemente das condições ambientais.
1.A vida na historia da geológica
Pangeia:
A Terra tem a idade geológica calculada entre 4,5 e 5 bilhões de anos. A geologia, ciência que se dedica ao estudo do planeta, divide a idade geológica em eras, épocas, períodos, idades e fases.
No início a Terra apresentava sobre a sua superfície um material derretido quente, muito quente, formado em grande parte por ferro, níquel e outros metais pesados, que com o decorrer do tempo foram se concentrando em seu núcleo .
Há cerca de 3,9 bilhões de anos , o resfriamento permitiu a solidificação das rochas, dando origem a uma camada sólida externa sobre a superfície terrestre , que é a crosta.
Até o começo do século 20, era consenso entre os cientistas de que, desde que a superfície terrestre se solidificou, os continentes estiveram sempre na mesma posição em que estão até hoje.
No entanto evidências científicas mostraram que isto não é verdade.
Após estudar muito o assunto o meteorologista alemão Alfred L. Wegener lançou uma hipótese diferente, afirmando que, no passado (200 milhões de anos ) os continentes formavam um único bloco, denominado de Pangéia e um só imenso oceano, Pantalassa.
Pangéia - Super Continente
Em virtude das forças internas da terra a Pangéia teria sido dividida por um longo braço de mar, dando origem a duas grandes massas continentais: Gondwana e Laurásia.
Gondwana ao sul, abrangeria as atuais áreas da América do Sul, Índia, África, Nova Zelândia, Austrália, Antártida, Madagascar, além do Sri Lanka.
Laurásia, ao norte, incluiria as da América do Norte, Groenlândia, Ásia e Europa.
No período Cretáceo (136 a 65 milhões de anos atrás) este teria se dividido em várias partes, inclusive tendo se deslocado até atingir a configuração atual. Esta hipótese de Wegener é denominada hipótese da Deriva Continental.
Evidências
Wegener alegava que uma das evidências de que os continentes poderiam ter se separado estaria no próprio contorno deles.
Comparando a costa da América do Sul com a África você pode observar que os dois continentes são complementares. Além da semelhança entre os dois continentes existem outros indícios.
Há sinais de uma gigantesca glaciação ocorrida há uns 250 milhões de anos e esses sinais são encontrados em todas as áeas terrestres do hemisfério sul atual, como no Brasil, na África e na Índia. Indicando que estes continentes estiveram unidos no passado e sujeito as mesmas condições climáticas.
O fóssil do pequeno réptil Mesossauro encontrado no Brasil e na África é uma explicação de que os continentes estiveram juntos.
Brasil e África têm ainda rochas sedimentares iguais, isto é, rochas que foram depositadas entre 350 milhões e 150 milhões de anos atrás.
Há cerca de 300 milhões de anos, florestas substituíram o gelo e originaram depósitos de carvão. No sul do Brasil e da África, a Austrália e a Índia existem depósitos de carvão com a mesma idade.
Novas provas vieram do mar, com a invenção do submarino e a eclosão da Segunda Guerra Mundial , neste período era importante do ponto de vista militar conhecer o fundo do mar. Descobriu-se grandes elevações e depressões da crosta terrestre no fundo do oceano, algumas dessas depressões chegam a atingir 11 mil metros de profundidade onde há uma intensa atividade tectônica alterando a posição dos continentes.
Placas que se movem (Teoria da Tectônica de Placas)
Hoje sabe-se que a superfície terrestre não é fixa, e sim estamos sobre placas (continentes) que flutuam sobre o magma.
Portanto a teoria desenvolvida por Alfred Wegener, a teoria de Tectônica de Placas ou da Translação dos Continentes, é que explica a movimentação dos continentes flutuando sobre o magma. A Teoria afirma que continentes ou terras emersas flutuam sobre magma ou astenosfera.
Em razão dos movimentos tectônicos, a placa Sul-americana afasta-se da Africana a velocidade de 2 cm por ano. Verifica-se também um afastamento entre a África e a Ásia, na região da península arábica, com a tendência do mar Vermelho aumentar de largura, originando um oceano. Além disso, as zonas sísmicas ou de terremotos e de vulcanismo encontram-se na faixa de contato entre as placas que são áreas de instabilidade geológica
Baseado na confirmidade de contorno entre a costa brasileira e a costa africana, Alfred Lothar Wegener, meteorologista alemão, escreveu seu livro intitulado "Teoria da Deriva Continental" (The Origin of Continents) publicado em 1917. Elaborou esta representação, porque acreditava que os continentes estivessem assim agrupados no passado e em razão de um fenômeno que desconhecia, teria ocorrido uma separação proporcionando entre outros a atual geografia na Terra.
Não existe nenhum trabalho na atualidade que diferencie o que Wegener havia estabelecido em seus levantamentos. Tudo o que se pode perceber é uma tendência que busca admitir o que dizia aquele que em seu tempo era ridicularizado. Nada foi acrescido desde então e tudo o que podemos perceber é a procura por elementos que comprovem esta teoria sobre a antiga geografia.
Alfred Lothar Wegener (1880-1930)
Percebam que nesta reordenação tal como apresentada, não existe nenhuma diferença na ordem magnética comparada à atual, o que na verdade já incorre em um erro, pois todos os trabalhos realizados desde 1950, como os que tiveram resultados no sopé da Serra Nevada com a equipe liderada por Allan Cox, auxiliada por Richard Doell, e um cientista Brent Dalrymple, especializado em uma técnica recém criada de datação a partir do árgon ou nos trabalhos de Fred Vinne e Drummond Matheus no Oceano Índico, dão conta de que os pólos da Terra já tiveram vinte e cinco posições diferentes nos últimos 250 milhões de anos, mas sem nenhuma lógica ou ordem cronológica para se estabelecer de quanto em quanto tempo possa ser repetido o processo de modificação.
A verdade é que existe a necessidade de se estabelecer o antigo agrupamento continental a partir de uma correta referência, para não incorrer em um erro que impossibilite o conhecimento de suas condições quando da interação dos seus elementos físicos.
Só assim é que podemos não apenas conhecer a antiga distribuição e condição dos continentes, mas também saber por qual motivo teve a modificação que trouxe como resultado a atual geografia.
Árgon
Elemento químico presente nas rochas, liberado ao longo do tempo. Sabendo-se a razão do tempo em que é liberado e a quantidade encontrada, pode-se descobrir a data do mineral.
Tabela cronoestratigráfica simplificada, em que se mostram as divisões cronoestratigráfica até à Época, segue-se uma coluna de datação radio métrica, das diferentes divisões tempo-estratigráfico, desde a Formação da Terra (4.600 milhões de anos=4,6 Giga-anos (Ga); o Ga=1.000.000.000 de anos=mil milhões de anos) até à atualidade. A coluna da Evolução Biológica apresenta certo pormenor, a coluna das Glaciações mostra bem o que foram as alterações climáticas ao longo da história da Terra. A Orogênese apresenta os períodos de tempo geológico em que se edificaram as maiores cadeias montanhosas e, finalmente, a Paleogeografia que refere alguns dos principais aspectos geográficos da Terra ao longo da sua história.
Os métodos de datação podem ser de dois tipos: relativos e radio métricos (absolutos). Os métodos relativos, já foram descritos, e fixam os acontecimentos numa escala de "antes e depois", de tal maneira que os possamos ordenar. Contudo, não permitem estabelecer a duração desses acontecimentos. Através do método radio métrico calcula-se o número real de unidades de tempo (anos) decorridas desde a ocorrência de um acontecimento. De uma maneira geral, esse cálculo é feito por métodos radioativo.
Os métodos de datação radio métrica, radioisotópica ou isotópica permitem-nos datar as formações rochosas com uma margem de erro pequena, à escala do tempo geológico, e devem o seu progresso ao estudo da química isotópica, que, com a espectrografia de massa, consegue a valoração quantitativa dos isótopos de uma determinada substância em função da sua massa atômica.
Em 1896, Becquerel observou que o urânio contido nos minerais era capaz de impressionar as películas fotográficas. Associou este fenómeno com as propriedades dos raios X. Mais tarde demonstrou-se que o urânio se desintegra espontaneamente e emite energia na forma de partículas e radioactividade. As partículas emitidas são núcleos de hélio (raios alfa) e electrões (raios beta). A radiação magnética realiza-se sob a forma de raios gama. Em 1905, o físico inglês Rutherford, após ter definido a estrutura do átomo, fez a primeira sugestão para usar a radioactividade como uma ferramenta para medir directamente o tempo geológico; logo depois disso, em 1907, o professor B. B. Boltwood, radioquímico da Universidade de Yale, publicou uma lista das idades geológicas baseadas na radioactividade. Embora as idades de Boltwood tivessem sido corrigidas, mostraram correctamente que a duração do tempo geológico deveria ser medida nos valores da ordem das centenas de milhares de milhões de anos.
Os 40 anos seguintes foram um período da pesquisa sobre a natureza e o comportamento dos átomos, conduzindo ao desenvolvimento da fissão e da fusão nuclear como fontes de energia. Um dos resultados desta pesquisa atómica foi o desenvolvimento e o refinamento continuado dos vários métodos e técnicas usados para medir a idade dos materiais da terra. A datação radiométrica com grau de precisão aceitável (2 a 5% da idade real) foi realizada a partir de 1950, quando o espectrómetro de massa foi desenvolvido. A ciência que faz a datação radiométrica das rochas denomina-se Geocronologia.
Um elemento químico consiste em átomos com um número específico de protões nos seus núcleos mas com pesos atómicos diferentes devido às variações do número de neutrões. Os átomos do mesmo elemento químico com pesos atómicos diferentes são chamados isótopos. A desintegração (decaimento) radioactiva é um processo espontâneo em que um isótopo de um elemento (pai) perde partículas de seu núcleo para dar origem a um isótopo de um elemento novo (filho). A taxa de decaimento é expressa em termos de meia-vida (semivida) de um isótopo, isto é, o tempo necessário para que a radioactividade de uma determinada quantidade de um radionúcleo decaia para metade do seu valor inicial. A diferença de 32 unidades de massa atómica entre o urânio 238 e o chumbo 206 representa 8 átomos de hélio (constituídos por 2 protões e 2 neutrões) ou partículas, que foram emitidos por sucessivos decaimentos. A maioria dos isótopos radioactivos têm taxas rápidas de decaimento (isto é, meias-vidas curtas) e perdem a sua radioactividade dentro de alguns dias ou anos. Alguns isótopos, entretanto, decaiem lentamente, e alguns destes são usados na datação radiométrica das rochas. Os isótopos pai e os filhos estáveis correspondentes, mais usados para determinar as idades das rochas antigas são listados no quadro abaixo:
Um outro método radioisotópico importante, usado com determinadas finalidades, é baseado no decaimento radioactivo do isótopo carbono-14, que tem uma meia-vida de 5.730 anos. Este método do radiocarbono transformou-se numa ferramenta extremamente útil e eficiente para datar os episódios importantes da Préhistória e História do Homem. Por causa da meia-vida relativamente curta do carbono-14, o método só pode ser usado para datar os eventos que ocorreram dentro dos últimos 50.000 anos passados. O decaimento radioactivo do isótopo do carbono-14, apresenta uma meia-vida de 5.730 anos.
A reordenação continental apresentada ao lado, se diferencia das antigas que foram e são objetos de defesa das teses de Wegener, porque apresenta a reorientação agrupada dos continentes a partir de dois referenciais que são a costa brasileira com a africana e a região conhecida como Grande Banco ao Leste da América do Norte com a Baía de Biscaia na Europa.
Por estas referências nós temos a possibilidade de reagrupar de maneira perfeita não apenas a Groenlândia à Europa, mas também a própria Península da qual se consitituem Suécia e Noruega mais próximas a este continente e a mesma Europa mais próxima ao Continente Africano.
O que fica muito evidente e impossível ignorar, é a imensa região que se ausenta no meio do Oceano Atlântico entre a América Central e o Estreito de Gibraltar. Se medirmos a distância entre a proximidade do Suriname e o Estreito de Gibraltar, temos cerca de 3.800 km contornando a costa africana (linha vermelha número 3).
No entanto se medirmos a distância entre os dois pontos a partir da costa americana (linha verde número 4), temos cerca de 7.500 km. É portanto, impossível trazer a América Central para as proximidades do Estreito de Gibraltar, evidenciando um imenso vazio no meio do Oceano Atlântico. Este reagrupamento continental ainda está orientado a partir de um referencial magnético que é a antiga posição do pólo norte da Terra situado abaixo da Índia e ao Leste do Continente Africano (número 1).
Porquê deste referencial? Por que temos nos registros mais recentes e nos levantamentos sobre regiões no planeta, o posicionamento dos depósitos salinos e dos depósitos glaciários tal como segue no mapa abaixo.
Vale lembrar que os trabalhos realizados para a descoberta da mudança no posicionamento dos pólos só veio a ser realizada após a 2a. Guerra Mundial, com o uso do magnetômetro. Wegener não conhecia este processo, não sabia que os pólos haviam se alterado e não conhecia os mapas oceanográficos que só vieram a ser elaborados mais de duas décadas depois de sua morte.
Os depósitos glaciários são formações geológicas conferidas a determinadas regiões do planeta que por permanecer durante milhares de anos nas proximidades do pólo Norte magnético da Terra, acabam apresentando características geológicas depositadas de elementos glaciários. Isto só é possível quando da continuidade ativa de ação magnética polar nesta região, sendo portanto impossível a outras localidades obter as mesmas condições.
Os depósitos salinos são formações geológicas obtidas com a concentração de sal em determinados pontos do planeta que se encontram na linha equatorial da Terra (antigamente denominada "Zona Tórrida") ao longo de milhares de anos. Estas condições de salinidade concentrada é percebida com facilidade não apenas no Nordeste brasileiro e em outras partes da Terra como na Índia, e Indonésia, mas também e curiosamente se apresentam nas localidades destacadas no mapa anterior, cujas regiões são famosas pelo produto, como na França e na costa atlântica Norte Americana.
Estes depósitos salinos são evidência comprovada de que estas mesmas regiões da Terra que se encontram na linha tropical, já estiveram na linha Equatorial sob outra orientação pólo-magnética, vindo de encontro ao resultado obtido e representado pela reordenação continental já conferida.
Por todos estes resultados, fica sendo de muita importância e de grande valor, o reconhecimento do significado que representa para a ciência contemporânea, os trabalhos de um meteorologista alemão, que não podia se conter diante das evidências que lhe ficaram patentes. Mesmo sendo duramente questionado quanto à razão de sua lucidez, perseguido por geólogos como Harold Jeffreys que em 1924 escreveria um livro intitulado "A Terra", onde se apresentava como principal opositor aos seus trabalhos, o então meteorologista não desistiu da sua tentativa inacabada de desvendar e solucionar com provas incontestáveis sobre o que perturbava a lógica do seu raciocínio.
Wegener dizia que se rasgássemos uma folha de jornal e comparássemos as duas partes, ficaria impossível deixar de admitir que ambas já estivessem unidas anteriormente, seja porque exista concordância de contorno entre ambas, seja pelo corte das letras, seja pelo sentido das palavras. Ele já havia encontrado fósseis de minerais e vegetais da mesma linha equatorial na Europa e nos EUA que se correspondiam no tempo geológico.
Jeffrey apresentava como principais elementos que comprovariam os continentes estáticos, a inexistência de animais pré-históricos do Terciário ou do Mezozóico nas Américas, tanto quanto a inconformidade da América do Norte com a Europa. Ainda afirmava que mesmo a costa brasileira e a africana não possuíam uma perfeição tão evidente como deveria.
A primeira afirmação de Jeffrey foi derrubada quando nos anos 60 foram encontrados diversos animais não apenas na América do Norte, como também nos Pampas na Argentina e mais recentemente no território brasileiro, não apenas do Terciário, como do Mesozóico e até do Paleolítico. À medida em que se passam os anos isso vai ficando mais evidente ainda.
A segunda afirmação de Jeffreys não era do conhecimento da ciência e não faria parte deste estudo, assim como até o presente ainda não se constitui em um objeto referencial para a continuidade das pesquisas em torno deste assunto. Mas as evidências aqui apresentadas podem fazer com que o internauta perceba que esta também não é uma barreira, mas sim uma prova à mais para o que abordava o pesquisador, visto que a conformidade da costa da América do Norte com a Europa é muito bem definida.
A terceira das apresentações defendidas seria estudada por um talentoso estudante da universidade da Tasmânia, que em 1954 concluiu existir uma conformidade de contorno mais precisa ainda do que se imaginava, pois a tão somente 200 km da costa dos dois continentes a concordância é mais correta e existem imperfeições quando do mapeamento pela estratificação da cartografia sobre contornos geográficos em uma forma esférica.
O planeta ao ser mapeado, faz aparentar uma porção de terra como sendo muito maior do que verdadeiramente é, principalmente se a localidade estiver mais próxima a um dos círculos polares, como no caso da Groenlândia e da América do Sul. Jeffreys nunca se pronunciou a este respeito.
Hoje a pesquisa realizada por Wegener não é apenas reconhecida como Teoria de Wegener ou Teoria da Deriva Continental, como também obrigou ao reconhecimento de uma nova ciência, a Geofísica que engloba os diversos segmentos relativos ao planeta, como a oceanografia, climatologia, temperismo, vulcanologia, sismologia, meteorologia, geologia, geografia, paleomagnetismo, magnetismo, fenomenologia, entre outros.
Os dinossauros no mundo:
Dicionário Aurélio: S. m. pl. Paleont.
Grupo de reptis arcossauros, diápsidos, próximos dos crocodilos atuais. Surgiram inicialmente no triássico, foram os animais dominantes no jurássico e desapareceram no final do cretáceo. Dominaram terras, águas e mesmo os ares, como os pterossauros, e dividiam-se, basicamente, em dois grandes grupos: saurísquios, com quadril de lagarto, e ornitísquios, com quadril de ave. Quando os dinossauros viveram?
A Terra tem mais ou menos 4,5 bilhões de anos. Os primeiros dinossauros surgiram há 220 milhões
de anos. E como era essa época? É difícil imaginar uma época tão distante. Até aprece que os dinossauros viveram no começo dos tempos. O nosso planeta, porém, já existia bilhões de anos antes da Era dos Dinossauros. Elas viviam aqui durante 160 milhões de anos, o que é um período bastante extenso. O homem existe há 3 milhões de anos, de modo que temos uma longa estrada até ser tão bem sucedidos quanto os dinossauros.
Desde que foi formada a Terra não parou de se transformar. A terra, o mar e o clima mudaram, assim como os animais e as plantas. Até os dinossauros se transformaram , ou seja, evoluíram. Diversas espécies deles passam por um processo de evolução durante o período em que viveram na Terra. Os dinossauros foram os animais mais bem sucedidos na Terra, uma vez que viveram 160 milhões de anos. Motivos:
Adaptaram-se ao mundo à sua volta.
Sua pele era escamosa e à prova d'água. As escamas sobrepostas mantinham o bicho seco e protegido.
Punham ovos com casca bem dura, o que facilitava a sobrevivência dos filhotes.
Os dinossauros podiam se locomover mais facilmente que muitos animais de sua época, de modo a encontrar alimento e fugir rapidamente dos inimigos.
Algumas espécies eram herbívoras, outras carnívoras, o que significa que havia comida suficiente para todos.
A VIDA ANTES DOS DINOS
Os dinossauros não foram os primeiros seres vivos. A vida começou bilhões de anos atrás antes deles com a forma mais simples possível: uma única célula. Gradualmente as formas de vidas foram evoluindo.
1 - INICIO DA VIDA: 3000 MAA (MILHÕES DE ANOS ATRÁS)
Os primeiros seres vivos eram muito simples, formados apenas por uma célula. São as bactérias e a algas verdes de 3 bilhões de anos foram encontrados nas rochas. As águas termais no Parque de Yellowstone, nos EUA contém bactérias e algas simples: cenas semelhantes à do inicio da vida.
2 - VIDA NO MAR 600-530 MAA
Antes de surgiram os peixes os mares eram habitados por outras criaturas. Muitas delas se pareciam com animais marinhos atuais, como as medusas, os moluscos denominados braquiópodes, e diversos tipos de vermes. Uma espécie que não sobreviveu foi a dos tribobitas. Eram animais de esqueleto muito duro, como uma couraça, mas articulado, de forma que podiam se movimentar. Suas pernas eram como as do camarão e, para se proteger, fechavam-se em bola.
3 - PLANTAS SEM FOLHAS & INSETOS: 410-380 MAA
As primeiras plantas não tinham folhas nem flores e seu tamanho não ultrapassava 4 ou 5 cm. Essa floresta em miniatura crescia nos pântanos e no meio dela escorpiões caçavam centopéias.
4 - PROLIFERAÇÃO DOS PEIXES:390 MAA
Os primeiros animais com coluna vertebral foram os peixes. Acredita-se que, neste período, o Eusthenopteron, que usava a testa como apoio para "andar" saiu do mar rastejando. Foi o ancestral dos animais terrestres
5 - ANFÍBIOS REGEM: 370-280 MAA
Os anfíbios vivem tanto na terra como na água, onde botam seus ovos, Os anfíbios são a evolução dos peixes. Nessa época os anfíbios foram bem sucedidos. Alguns deles eram bem grandes, como o Ichtyostega, que tinha 1 m de extensão. Lembrava um peixe, com escamas e barbatanas, mas possuía pernas para andar, apesar de preferir a água.
6 - RÉPTEIS DOMIAM: 310 MAA
Nesse período, havia mais répteis na terra que anfíbios. Os cientistas acreditam que um grupo de répteis foi o ancestral dos atuais mamíferos. O réptil Dimetrodon pertenceu a esse grupo .
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7 - INSETOS VOAM EM ALTAS FLORESTAS: 300 MAA
Pelas imensas florestas cruzavam-se os primeiros insetos voadores, com as libélulas. Alguns deles possuíam envergadura de asa superior a 70 cm. Foram os maiores inseto que já existiram.
8 - O ANCESTRAL DO DINOSSAURO: 245 MAA
Os répteis arcossauros, alguns deles semelhantes aos modernos crocodilos, encontravam-se entre os animais da Terra. Dessa espécie, o Euparkeria deu origem aos dinossauros.
9 - INÍCIO DA ERA DOS DINOS: 220 MAA
Começa aqui a dominação do mundo pelos DINOS
A Extinção dos Dinossauros é um evento que intriga muito os cientistas, existem uma série de teorias sobre a realidade do fato, mas até o momento não se chegou a uma resposta definitiva.
Os dinossauros foram grandes animais que viveram na Terra durante a Era Mesozóica. Essas criaturas dominaram o planeta por aproximadamente 160 milhões de anos, foram os maiores animais já registrados na história. Próximo ao fim do período Cretáceo, algo aconteceu para eliminar esses animais do planeta, há cerca de 65 milhões de anos.
São várias as teorias que tentam explicar os motivos da Extinção dos Dinossauros. As especulações, atualmente, se dividem em dois grupos: teorias obsoletas e teorias plausíveis. As justificativas que integram o primeiro grupo foram formuladas em fase inicial dos estudos sobre os dinossauros e por causa de inconsistência ou imaturidades são tidas hoje como descartadas. Já as teorias plausíveis são as presentes nas pesquisas atuais, são mais maduras, entretanto ainda deixam lacunas na solução.
As teorias que se tornaram obsoletas realmente apresentam aspectos de pouca solidez. A teoria da Incompetência e Estupidez colocava em questão a incapacidade de evolução de tais animais pelo tamanho do cérebro, o que se sabe, não justifica a inteligência do animal. A teoria do Tédio Evolutivo argumentava que os dinossauros haviam atingido um grau máximo de evolução, não tendo mais em que desenvolver, foram extintos. Alguns cientistas acreditavam na hipótese da Catarata, sob a qual os animais teriam desenvolvido tal doença ocular por conta dos índices de raios ultravioleta, passando a morrer pela incapacidade de lidar com o ambiente. Outra doença que poderia ter extinguido os dinossauros seria a Desinteria, a qual teria levado os animais a uma progressiva extinção biológica. Para completar o hall de respostas baseado em doenças, haveria também o Câncer de Pele, causado pelos mesmos raios ultravioletas e impossíveis de se defender. Para completar, duas explicações mais extremas e infundadas aparecem. Uma diz respeito a uma Praga de Lagartas que teria dizimado a vegetação e assim acabado com os alimentos dos herbívoros e consequentemente dos carnívoros. Todas essas, contudo, foram descartadas.
Por outro lado, há explicações que são mais realistas e possíveis. A teoria do Vulcanismo acredita que os movimentos das placas tectônicas tenham causado uma extrema atividade dos Vulcões, impossibilitando a vida na Terra. Alguns acreditam que o Frio característico das fases de evolução do planeta tenha matado os animais de sangue frio e por continuidade os demais. A teoria da Decadência Gradual argumenta que os dinossauros não foram capazes de acompanhar as mudanças do planeta e foram se extinguindo gradualmente. Há também uma hipótese que sustenta a idéia de que Doenças, para as quais os animais não tinham defesa, surgiram e com o processo de migração dos dinossauros teriam sido espalhadas pelo mundo e infectado os demais. E a teoria menos aceita entre este grupo defende que animais Mamíferos se multiplicaram juntamente com seus hábitos de se alimentar de ovos de dinossauros, eliminando os animais aos poucos com sua alimentação.
Mas a teoria mais famosa e mais aceita sobre a extinção dos dinossauros é conhecida como Evento K-T. Os pesquisadores que defendem essa teoria acreditam que um meteoro colidiu com a Terra há aproximadamente 65 milhões de anos, o que é endossado por uma imensa cratera encontrada no Golfo do México com essa datação. O impacto da colisão teria aberto um buraco de cerca de 200 Km de diâmetro, causado alteração no eixo da Terra, estimulado a atividade de vulcões, gerado maremotos que teriam varrido toda a vida nas regiões litorâneas e exterminado milhares de animais nas regiões impactadas diretamente pelo meteoro.
Em consequência do choque, a Terra teria sido coberta por uma nuvem de poeira impedindo a passagem dos raios solares, assim as plantas ficaram incapazes de realizar a fotossíntese, os animais herbívoros morrido de fome pela falta de vegetação e os animais carnívoros sucumbido com a falta de alimentos também. O impacto do meteoro teria levado a uma reação em cadeia causadora da extinção dos dinossauros.
Os Dinossauros foram grandes animais que dominaram a Terra durante a Era Mesozóica.
A palavra Dinossauro tem origem grega e significa “terrível réptil”, a denominação biológica do grupo Dinosauria foi feita pelo paleontólogo e anatomista inglês Richard Owen, em 1842. Nesse grupo, Owen incluiu os animais recém descobertos que identificou como bastante diferenciados dos répteis conhecidos. Os dinossauros se incluem numa superordem de um grupo de arcossauros do final do período Triássico e que foram dominantes durante a era Mesozóica. Porém suas características eram distintas de outros arcossauros por possuírem posição diferente dos membros em relação ao corpo e o encaixe aberto do fêmur.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Superfilo: Vertebrata
Classe: Reptilia
Subclasse: Diapsida
Infraclasse: Archosauromorpha
Superordem: Dinosauria
Os dinossauros viveram na Terra do início do Jurássico (há 225 milhões de anos) até o final do Cretáceo (há 65 milhões de anos), período inserido na era Mesozóica. A divergência dos arcossauros aconteceu por volta de 230 milhões de anos atrás, no período Triássico, quando a extinção Permo-Triássica eliminou aproximadamente 95% da vida existente na Terra. A evolução dos dinossauros rapidamente determinou as características do novo grupo, na fase em que povoaram a Terra eram os maiores animais existentes. Os saurópodes, um dos grupos de dinossauros, por exemplo, representavam os maiores animais que viveram no planeta até então.
A superordem Dinossauria divide-se em outras duas ordens que tem como diferencial, entre outras características anatômicas, a estrutura da pélvis. Mas a taxonomia deste grupo ainda é discutida entre os cientistas. Por sua vez, os dinossauros eram divididos em seis grupos: Terópodes, maiores predadores da Terra; Saurópodes, como citado anteriormente, os maiores animais que já existiram no planeta; Ceratopsídeos, com adornos na cabeça; Estegossauros, com placas nas costas; Anquilossauros, com “blindagem” e “porrete” na cauda; e Ornitópodes, chamados de dinossauros-bico-de-pato.
O Eoraptor, primeiro gênero de dinossauro conhecido, apresenta pelos fósseis datação de 235 milhões de anos. É considerado pelos paleontólogos como o antepassado comum de todos os dinossauros, o que leva a crer que os primeiros dinossauros foram pequenos predadores bípedes. Já a espécie mais antiga que se tem notícia é brasileira, foi descoberta pelo paleontólogo Sérgio Furtado Cabreira, no Rio Grande do Sul, e recebeu o nome provisório de ULBRA PVT016, por causa da equipe de pesquisadores de Cachoeira do Sul também chamada Ulbra.
Há mais de dez teorias que tentam explicar a extinção dos dinossauros, a mais aceita é a que aborda o Evento K-T. Segundo este, no fim do período Cretáceo, há aproximadamente 65 milhões de anos, um asteróide se chocou com a Terra fazendo subir uma poeira suficiente para barrar a passagem de a luz solar. O fato gerou uma reação em cadeia, as plantas, que necessitavam fazer fotossíntese, morreram, os dinossauros herbívoros ficaram sem ter o que comer e em seguida os dinossauros carnívoros também ficaram sem alimentos. Assim os dinossauros se extinguiram, sobrando apenas a linhagem que já tinha dado origem aos primeiros pássaros.
POSIÇÃO FILOGENÉTICA DA ESPÉCIE
DEFINIÇÃO SOB ASPECTO EVOLUTIVO
Seres vivos que sofreram (e sofrem) pressões seletivas, sob influência de um meio ambiente em transformação.
Sofremos os mesmos processos que todas as outras espécies.
Somos uma espécie que vive em sociedade e apresenta características peculiares.
POSIÇÃO FILOGENÉTICA
O primeiro aspecto a ser analisado é a posição da nossa espécie diante dos seres vivos atuais, quais as relações existentes ? Quais são os seres vivos com os quais compartilhamos ancestrais mais próximo ?
As fotos e informações e informações citadas na tabela abaixo foram obtidas no CD-Rom Os Mamíferos produzido pela Universidade de Oxford e versão brasileira da Publifolha.
Hylobates syndactylus - Siamangue.
Uma família de siamangues composta de um macho (à esquerda), uma fêmea e um filhote. É possível ver o grande saco vocal do macho, que infla durante a vocalização. Os siamangues costumam vocalizar nos limites do seu território para avisar os outros grupos que mantenham distância
Congêneres: 8, incluindo -
Gibão-ágil; Gibão-de-mão-escura Hylobates agilis
Gibão-de-topete; Gibão-de-bochecha-branca Hylobates concolor
Gibão-de-sobrancelha-branca Hylobates hoolock
Gibão-prateado Hylobates moloch
Gibão-de-bonéHylobates pileatus
Tamanho comprimento cabeça+corpo 47-59,5 cm, cauda ausente; peso 10,5-11 kg.
Coloração: preto, com saco vocal cinzento ou rosado.
Distribuição: Sudeste Asiático, na Malásia e Sumatra. Tam. do grupo: pequenos grupos familiares.
Dieta: principalmente material vegetal, como folhas e frutos; também insetos, ovos de aves e pequenos vertebrados.
Reprodução: provavelmente não sazonal; um filhote por vez.
Longevidade: cerca de 25 anos.
Situação atual: ameaçado pelo desmatamento para obtenção de madeira; sua distribuição já sofreu redução drástica devido ao desmatamento e as populações estão ficando fragmentadas; algumas populações estão em áreas protegidas.
Hylobates lar
Gibão-lar;Gibão-de-mão-branca;Gibão-comum.
O gibão-lar desloca-se balançando-se através das árvores; usa os longos braços como pêndulos até conseguir impulso suficiente para alcançar a árvore seguinte; esse método é denominado braquiação.
Tamanho: comprimento cabeça+corpo 44-64 cm; sem cauda; peso 5-6 kg.
Coloração: varia de uma população para outra, de camurça-claro a marrom, marrom-escuro, preto ou vermelho; pele da face geralmente cinza a cinza-escura; a pelagem da face pode ter um anel branco ou ser muito mais pálida que o resto do corpo, com uma linha de demarcação nítida; mãos e pés brancos.
Distribuição: sudeste Asiático, na Tailândia, Península Malaia e Sumatra.
Tam. do grupo: pequenos grupos familiares.
Dieta: principalmente frutos.
Reprodução: provavelmente não-sazonal; apenas um filhote por vez.
Longevidade: cerca de 25 anos.
Situação atual: ameaçado, com populações diminuindo apesar da proteção legal; os principais motivos são o desmatamento de seu habitat nas florestas e a caça ilegal para obtenção de carne.
Pongo pygmaeus, Orangotango
O orangotango era outrora encontrado em muitas partes do Sudeste Asiático e na Indochina, mas hoje só existe em Sumatra e Bornéu. Suas populações continuam diminuindo, à medida que é destruída a floresta, seu habitat.
Congêneres nenhum; uma única espécie.
Tamanho: comprimento cabeça+corpo 78-97 cm, sem cauda; peso 40-90 kg.
Coloração: varia de alaranjado brilhante, nos animais jovens, a castanho ou cor-de-chocolate em alguns adultos; face rosada nos animais jovens, preta nos adultos.
Distribuição: Sudeste Asiático, no norte de Sumatra e na maior parte das planícies de Bornéu.
Tam. do grupo: solitário.
Dieta: principalmente frutos, como manga, figo, jaca, durião, lechia e mangostão, além de brotos e folhas novas, insetos e cascas de árvore; às vezes, ovos de aves e pequenos vertebrados, como filhotes de aves e esquilos.
Reprodução:provavelmente não-sazonal, mas se reproduz somente a cada três ou quatro anos, apenas um filhote por vez.
Longevidade: até 60 anos.
Situação atual: corre perigo de extinção pela destruição do habitat, após grave redução das populações devido à captura para zoológicos e comércio de animais.
Gorilla gorilla beringei Gorila-das-montanhas.
A hora da sesta de uma gorila-das-montanhas e seu filhote de três anos. A lenta taxa de reprodução dos gorilas - apenas um filhote a cada cinco anos mais ou menos - dificulta a recuperação das populações e diminui a eficiência da reprodução em cativeiro.
Congêneres: uma subespécie da única espécie de gorila; 2 outras subespécies -
Tamanho: comprimento cabeça+corpo 1,5-1,8 m, sem cauda; peso 90-180 kg.
Coloração: preto a cinza-amarronzado, tornando-se cinzento com a idade; nos machos mais velhos, grande parte do dorso é branco-prateada; pele cor-de-azeviche.
Distribuição: África, nas montanhas do Zaire, Ruanda, Uganda, República dos Camarões e Gabão, a altitudes de 1.650-3.790 m.
Tam. do grupo: pequenos a grandes grupos.
Dieta: material vegetal, como folhas, botões e caules.
Reprodução: não-sazonal; somente um filhote por vez; gêmeos são raros e em geral só um sobrevive.
Longevidade: cerca de 35 anos em estado selvagem, 50 anos em cativeiro.
Gorilla gorilla graueri
Gorila-das-planícies-orientais
O gorila-das-planícies-orientais vive nas florestas do Zaire e está em risco de extinção devido à caça ilegal, facilitada pelas recentes disputas ocorridas nessa região e o consequente acesso a armas. Outras sérias ameaças são a destruição do habitat e as armadilhas de laço usadas na caça de outros animais.
Distribuição: África, restrito ao centro e leste do Zaire.
Gorilla gorilla gorilla
Gorila-das-planícies-ocidentais
O gorila-das-planícies-ocidentais pertence à mais numerosa das três subespécies. Vive nas florestas tropicais, alimentando-se de dia e dormindo à noite em ninhos de folhas que constrói nos galhos das árvores ou no solo.
Distribuição: África Ocidental, do sudeste da Nigéria até o Zaire.
Situação atual: o gorila-das-montanhas corre sério risco de extinção, parcialmente em consequência da destruição do seu habitat e da caça no passado, mas também devido às repetidas guerras civis na região, que dificultam a continuidade do serviço de proteção; o gorila-das-planícies-orientais também corre sério risco pelos mesmos motivos; como o gorila-das-planícies-ocidentais é mais numeroso e sua distribuição, mais ampla, suas populações parecem bem mais estáveis.
Pan troglodytes, Chimpanzé-comum
Os chimpanzés são conhecidos pela habilidade de usar ferramentas. Este chimpanzé está usando uma pedra para quebrar frutos de palmeiras. Também usam ferramentas para tirar cupins do ninho, transportar água e, no cativeiro, para resolver vários problemas.
Tamanho: comprimento cabeça+corpo 70-92 cm, sem cauda; peso 80-90 kg.
Coloração: principalmente preto, mas nos animais mais velhos essa cor pode mudar para cinza; a maioria dos animais apresenta uma barba curta branca; a face e a pele das mãos, bem como das solas dos pés, variam de rosa a marrom ou preto, tornando-se, em geral, mais escuras com a idade.
Distribuição: oeste e centro da África, norte do rio Zaire, do Senegal até a Tanzânia.
Tam. do grupo: grupos grandes.
Dieta: material vegetal, como folhas, frutos, flores, sementes, caules, casca e seiva de árvores; insetos; mel; ovos e mamíferos, como antílopes e veados jovens, e outros macacos e babuínos.
Reprodução: não-sazonal; apenas 1 filhote por vez, raramente gêmeos.
Longevidade: mais de 50 anos.
Situação atual: ameaçado em conseqüência da destruição e fragmentação do habitat e da caça, principalmente nos lugares em que devastam plantações; seu número também sofreu grande redução no passado com a exportação para zoológicos e centros de pesquisa, bem como devido ao comércio de animais de estimação
Os principais métodos usados foram:
Comparação dos cariótipos (Yunis & Prakash, 1982) - Homem; Chimpanzé; Gorila e Orangotango.
essas espécies atuais compartilham um ancestral com a mesma estrutura fina dos cromossomos do Homem.
Análises comparativas de alta resolução entre as espécies descritas sugerem que dos 23 cromossomos do homem atual 18 são virtualmente idênticos aos do ancestral Hominoidea comum e os cromossomos restantes são pouco diferentes.
A primeira separação desta linhagem ocorre nos Gorilas e os três maiores rearranjos cromossômicos aparecem no ancestral comum ao Homem e chimpanzé antes da divergência final destas linhagens.
dados sugerem a existência de um ancestral comum entre os orangotangos e o hominoide ancestral.
Utilização da Genética-Bioquímica para análise comparativa entre proteínas do Homem, Pongídeos e Gibões (98 % de similaridade genética entre o Homem e o Chimpanzé)
Hibridização do DNA (- 1,1 % de diferenças entre bases do DNA entre Homem e o chimpanzé). Tais diferenças estariam relacionadas principalmente a genes reguladores e de expressão no tecido nervoso.
Enard e col. 2002 (Science, 12/04/2002 vol 296) identificou padrões de expressão gênica espécie-específica que indicam mudanças em proteínas e expressão gênica relacionadas ao cérebro humano.
O primeiro estudo molecular realizado em 1967 indicava a separação entre humanos e macacos ocorreu a aproximadamente 5 milhões de anos. Desde então foram realizados cerca de 10 estudos utilizando várias metodologias de análise do DNA e todos indicam esse mesmo período. Hedge e cols. (Journal of Heredity -dezembro de 2001) comparando 50 genes integrantes do DNA nuclear de vários macacos, concluíram que nossa linhagem separou-se da linhagem dos chimpanzés entre 4,5 e 6,5 milhões de anos.
Apesar da existência de vários trabalhos que indicam a mesmo período de separação, alguns geneticistas discordam, utilizando como argumento a existência de erro de calibração do relógio molecular,ou seja, é necessário rever e calcular quantas modificações de nucleotídeos ocorrem a cada milhão de anos, dado este obtido dos registros fósseis). Portando temos estimativas que a separação das linhagens tenham ocorrido a 10,5 a 13,5 milhões de anos.
Depois de analises foi visto que há uma grande similarida de genética entre os macacos e homens
Registros fósseis
Os fósseis mais antigos atualmente aceitos, de modo geral, como membros da linhagem dos hominídeos têm cerca de 4,4milhões de anos e são classificados em duas espécies, Australopithecus anamensis e A.afarensis (Ridley et al. 2006).
O A.afarensis é bem mais conhecidos pois apresenta o espécime mais completo, chamado de “Lucy”. Uma das características mais notáveis de Lucy foi possuir um joelho virado,além de ter sido encontrada junto vestígios fosseis de pegadas, que indicava que ela normalmente se movimentava por andar ereto. Sua cabeça femural era pequena e seu pescoço femural era curto, sendo ambas características primitivas. Os Australopithecus se aproximaram mais da forma humana quanto ao modo de locomoção do que mandíbulas e cérebros.
Por volta de 2,5 a 2 milhões de anos, na África, surgiram espécies de Paranthropus, que divergiram dos australopitecíneos, com mandíbulas, crânios e molares muito mais fortes e capazes de comer alimentos mais duros. Extinguiram-se sem deixar descendentes.
A primeira espécie Homo é o Homo habilis, que surgiu há aproximadamente 2,5milhões de anos na África. Possui um cérebro maior que melhorou a eficiência nas caçadas, tanto pelo desenvolvimento de ferramentas, quanto pela melhoria na capacidade de comunicação. Seu dimorfismo sexual era semelhante ao dos humanos atuais, sendo os machos cerca de 1,20 vez maiores do que as fêmeas, em média.
O Homo erectus foi o primeiro hominídeo que saiu da África, há cerca de 1,5 milhão de anos. Foram encontrados fósseis no leste da Ásia e sul da Europa. Tinha aproximadamente 1,70 metros de altura e pesava cerca de 60kg. Possuía cérebro do tamanho da metade do nosso, tendo domínio do fogo.
Os paleontropólogos se referem aos seres humanos atualmente existentes- Homo sapiens- como “humanos anatomicamente modernos” (Ridley, et al. 2006). Entre as principais características está o aumento do tamanho da caixa craniana, além da diminuição da robustez do esqueleto e dentes. Quanto ao aspecto comportamental, houve o desenvolvimento de ferramentas mais apuradas, melhor eficiência nas coletas e procura de alimentos, organização social mais complexa e o desenvolvimento de idiomas.
Quem nunca se pegou pensando quando e como nasceu a vida na terra? Como se deu a evolução dos animais e dos seres humanos? Pelo menos uma vez na vida, todos nós já fizemos esses e outros questionamentos a respeito da vida. Essas e outras dúvidas podem ser respondidas a partir de uma ciência chamada Paleontologia.
"A Paleontologia estuda as evidências da vida pré-histórica preservadas nas rochas, os fósseis, mas essa ciência também tem uma importância econômica, pois estudando os fósseis dá para saber que ambiente era aquele, se era mar ou deserto, por exemplo. E a partir dessas descobertas nós temos informações sobre bens minerais e energéticos", explicou o paleontólogo e professor do Departamento de Geologia da UFRN, Narendra Srivastava.
Apesar de toda a importância, aqui no Rio Grande do Norte, os investimentos nessa área ainda são muito fracos. "De zero a dez, eu diria que os investimentos estão abaixo da média. E olhe que o RN é um estado rico em fóssil", disse o professor Narendra. E ele tem lá suas razões, a começar pela estrutura disponibilizada. Por falta de um espaço adequado, boa parte dos fósseis minerais fica amontoada na sala do professor.
Mas apesar das dificuldades, a UFRN tem um bom acervo de fósseis. As peças de animais vertebrados, como elefante, baleia e outros animais ficam no museu Câmara Cascudo, já a Universidade fica com as rochas e os fósseis mais antigos. "Nós temos aqui na UFRN, a mais antiga evidência da vida. São os estromatólitos, que têm uma idade de dois bilhões e 300 milhões de anos e foram encontrados em Minas Gerais", disse Narendra.
Estromatólitos (do grego stroma = cama, camada e lithos = rochas) são estruturas organo-sedimentares produzidas pelo aprisionamento, retenção de sedimentos resultante do crescimento e da atividade metabólica de microorganismos, principalmente cianobactérias (algas azuis).
De acordo com o professor, alguns estudiosos acreditam que essas cianobactérias foram possivelmente responsáveis pela geração de parte do oxigênio da antiga atmosfera terrestre, sendo a forma de vida dominante por mais de 2 bilhões de anos. Mas a mais antiga evidência de vida na terra data de quatro bilhões de anos e está na Islândia. Aqui no Estado os fósseis mais antigos possuem 135 milhões de anos. Um exemplo é um pedaço de tronco de Pinheiro que foi encontrado na região de Pau dos Ferros, durante algumas das expedições realizadas pelo professor Narendra.
O acervo também é formado por fósseis de piabas, muriçocas, peixes, folhas, rochas, entre outras 'jóias' do tempo. No RN, os melhores lugares para encontrar fósseis são nos municípios de Ouro Branco, Caicó, Areia Branca, Mossoró, João Câmara, Jandaíra. "Os fósseis são encontrados em rochas sedimentares, principalmente de calcários, e nesses locais existem bastante rochas desse tipo", disse o professor.
Pesquisa é dividida em duas etapas
Mas encontrar um fóssil não é uma tarefa fácil. É preciso muito estudo e, principalmente, paciência para passar horas e horas procurando-os. "Às vezes eles são tão pequenos que só podem ser vistos através do microscópio e aí cabe ao paleontólogo saber se naquele ambiente pode existir um fóssil.", disse o professor.
As pesquisas são divididas em duas etapas. A primeira é a viagem de campo para procurar os fósseis. "É nessa parte que entra a paciência porque, na maioria das vezes, os fósseis não estão à mostra. É preciso procurar, cavar e leva um certo tempo. Por isso é sempre bom fazer um estudo da região que vai ser explorada", explicou o paleontólogo.
A segunda parte é a coleta de amostras. Depois de encontrados, os fósseis são levados para o laboratório, onde são feitos estudos para saber, entre outras características, a idade da peça encontrada.
A UFRN possui um laboratório especializado para identificar os fósseis, mas não tem a estrutura necessária para descobrir a idade deles. "Existem duas maneiras para datarmos os fósseis, uma é através da comparação com outros fósseis. Ou seja, analisando determinadas características eu tenho como saber a idade dele. Isso a gente pode fazer aqui. Mas a outra forma, que chamamos de datação isotópica não temos como fazer aqui, só em laboratórios de São Paulo ou nos Estados Unidos. Aqui no Nordeste, apenas o Estado de Pernambuco faz a datação isotópica", explicou Narendra.
A datação isotópica utiliza isótopos de elementos químicos, como por exemplo, o carbono 14. Através de experimentos, os cientistas conseguem saber a proporção de carbono-14 em um ser vivo, planta ou animal. Essa proporção, no entanto, começa a mudar a partir do momento em que o organismo morre. Nesse instante, é acionado um 'relógio nuclear' que consiste na percentagem decrescente de carbono-14 no organismo que morreu. Para saber há quanto tempo o organismo morreu basta medir, quanto carbono-14 resta em seu corpo ou parte dele.
Experimentos como esses precisam de equipamentos modernos e, na maioria da vezes, onerosos, como microscópio eletrônico de um milhão de reais. Talvez esse seja um dos motivos para a falta de investimento por parte de empresas e, até mesmo das universidades. Para se ter uma idéia, o custo de uma pesquisa pode chegar a R$100 mil ou até mais, dependendo do tipo de estudo.
"Temos dificuldades em conseguir recursos, aqui na UFRN sempre tentamos através do CNPq. Poderíamos contar com parcerias de empresas que trabalham no campo da mineração, mas as que realizam essas pesquisas, como a Petrobras, preferem não divulgar informações. Elas contratam geólogos particulares para que esses trabalhos sejam desenvolvidos no maior sigilo".
Professores descobrem nanofósseis
Mesmo com todas as dificuldades os nossos paleontólogos conseguem fazer descobertas interessantes, como a do professor Narenda Srivastava que descobriu os primeiros microfósseis do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, que fica a mil quilômetros
no hemisfério Norte.
"Eu e um outro pesquisador encontramos os nanofósseis de calcário, um grupo de fósseis com tamanho menor do que 6,3 micros. Fazendo uma comparação, eles são bem menores do que um grão de areia", disse o professor.
Eles são investigados tanto do ponto de vista paleontológico quanto do geoquímico. Com relação à geoquímica, os nanofósseis são vistos como partículas minerais, cuja constituição reflete a composição química do meio em que foram formados (água do mar). "Sabendo a composição química ambiente temos condições de saber que tipos de minerais possuem", disse Narendra.
Para essa pesquisa o professor contou com a ajuda da Marinha do Brasil que ofereceu o transporte e a hospedagem. "Essa pesquisa custou cerca de R$50 mil".
Fósseis do RN vão para Minas Gerais
Cerca de quatro toneladas de material contendo fósseis de moluscos, retirados da região do Vale do Açu, foram enviados no início deste mês para análise em um instituto de Minas Gerais. A descoberta dos fósseis ocorreu durante as escavações para a construção do gasoduto Açu-Serra do Mel, ocorridas entre março e dezembro do ano passado. As amostras vão ser examinadas no Centro de Pesquisas Paleontológicas "Llewellyn Ivor Price", ligado à Fundação Municipal de Ensino Superior de Uberaba.
De acordo com a Petrobras, responsável pelo gasoduto, o centro ficou responsável pelo Programa de Monitoramento de Registros Fósseis, para "verificar a possibilidade de haver algum tipo de achado paleontológico na área do empreendimento".
A Petrobras informou que, após a identificação, a área foi isolada "com o devido acompanhamento de um profissional de paleontologia", só então foi feito o resgate do material, enviado em uma única remessa a Uberaba. "Antes do envio do material ocorreu o repasse da informação, pelo centro, para o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNMP) regional do RN. A saída do material foi acompanhada por um paleontólogo do DNPM de Brasília e um representante do DNPM-RN", esclareceu ainda a estatal.
PALEONTOLOGIA - Professor Narendra Srivastava mostra alguns dos fósseis encontrados no RN
Quem nunca se pegou pensando quando e como nasceu a vida na terra? Como se deu a evolução dos animais e dos seres humanos? Pelo menos uma vez na vida, todos nós já fizemos esses e outros questionamentos a respeito da vida. Essas e outras dúvidas podem ser respondidas a partir de uma ciência chamada Paleontologia.
"A Paleontologia estuda as evidências da vida pré-histórica preservadas nas rochas, os fósseis, mas essa ciência também tem uma importância econômica, pois estudando os fósseis dá para saber que ambiente era aquele, se era mar ou deserto, por exemplo. E a partir dessas descobertas nós temos informações sobre bens minerais e energéticos", explicou o paleontólogo e professor do Departamento de Geologia da UFRN, Narendra Srivastava.
Apesar de toda a importância, aqui no Rio Grande do Norte, os investimentos nessa área ainda são muito fracos. "De zero a dez, eu diria que os investimentos estão abaixo da média. E olhe que o RN é um estado rico em fóssil", disse o professor Narendra. E ele tem lá suas razões, a começar pela estrutura disponibilizada. Por falta de um espaço adequado, boa parte dos fósseis minerais fica amontoada na sala do professor.
Mas apesar das dificuldades, a UFRN tem um bom acervo de fósseis. As peças de animais vertebrados, como elefante, baleia e outros animais ficam no museu Câmara Cascudo, já a Universidade fica com as rochas e os fósseis mais antigos. "Nós temos aqui na UFRN, a mais antiga evidência da vida. São os estromatólitos, que têm uma idade de dois bilhões e 300 milhões de anos e foram encontrados em Minas Gerais", disse Narendra.
Estromatólitos (do grego stroma = cama, camada e lithos = rochas) são estruturas organo-sedimentares produzidas pelo aprisionamento, retenção de sedimentos resultante do crescimento e da atividade metabólica de microorganismos, principalmente cianobactérias (algas azuis).
De acordo com o professor, alguns estudiosos acreditam que essas cianobactérias foram possivelmente responsáveis pela geração de parte do oxigênio da antiga atmosfera terrestre, sendo a forma de vida dominante por mais de 2 bilhões de anos. Mas a mais antiga evidência de vida na terra data de quatro bilhões de anos e está na Islândia. Aqui no Estado os fósseis mais antigos possuem 135 milhões de anos. Um exemplo é um pedaço de tronco de Pinheiro que foi encontrado na região de Pau dos Ferros, durante algumas das expedições realizadas pelo professor Narendra.
O acervo também é formado por fósseis de piabas, muriçocas, peixes, folhas, rochas, entre outras 'jóias' do tempo. No RN, os melhores lugares para encontrar fósseis são nos municípios de Ouro Branco, Caicó, Areia Branca, Mossoró, João Câmara, Jandaíra. "Os fósseis são encontrados em rochas sedimentares, principalmente de calcários, e nesses locais existem bastante rochas desse tipo", disse o professor.
Conclusão
Evidências anatomicas, macromoleculares e cromossômicas indicam que os humanos são mais intimamente relacionados com os macacos do Velho Mundo, tendo divergido de um ancestral comum provavelmente há4-8 milhões de anos.
Os registros fósseis indicam que os hominídeos surgiram na África, que a evolução do bipedalismo precedeu as mudanças importantes nas mãos e no crânio e que a capacidade craniana aumentou uniformemente.
A variabilidade genética dentro e entre populações humanas é muito semelhante à de outras espécies com ampla distribuição geográfica.
É muito discutível se a biologia evolutiva é importante ou não para compreender o comportamento humano. Embora muitas características comportamentais humanas possam ser observadas em uma forma rudimentar em outros primatas, o fator dominante na evolução humana recente tem sido a evolução de enorme flexibilidade do comportamento e a capacidade de aprender e transmitir cultura.
Existem pouquíssimas evidências inequívocas de que grande parte da variação nas qualidades comportamentais humanas tenha uma base genética e nenhuma evidência de que as características comportamentais sejam limitadas geneticamente de modo significativo.
Biologia
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
fosseis-evolu;cao da vida
Evolução da vida
Pelo dicionário
Aurélio tem como definição a palavra evolução da seguinte forma:
[Do lat. evolutione.]
Passagem sucessiva de coisas, pessoas, acontecimentos,
etc.
Movimento ou deslocamento gradual e progressivo em
determinada direção.
Série de movimentos concatenados e harmônicos. . Antrop. Processo que, segundo certas
teorias, determinam o surgimento de novos elementos socioculturais (técnicas,
formas de organização social, crenças, costumes, conhecimentos, etc.), mais
complexos e diferenciados, como resultado de adaptações e modificações
contínuas e progressivas de elementos anteriores, mais simples.
Biol. Processo de formação ou surgimento de novas
espécies de seres vivos, por processos naturais, a partir de espécies preexistentes.
[Opõe-se, nesta acepç. a criacionismo.]
Biol. Restr. Darwinismo.
A evolução humana é
de interesse praticamente universal. Esse tema é o ponto central dos ataques
criacionistas à evolução, enquanto que para outros é o tema que pode oferecer
pistas ao mistério que cerca o “modelo perfeito dos animais” e a compreensão
das possibilidades e limitações da “natureza humana”. Mas nós devemos ter
consciência de que ao mesmo tempo em que a biologia evolutiva tem muito a
ver com a condição humana, esta também é parte da antropologia e sociologia, da
psicologia e da história, e da filosofia, religião, artes. Os seres humanos são
complexos demais para serem compreendidos somente pela perspectiva da biologia
ou de qualquer outra área isolada do conhecimento (Futuyama et al. 2002).
A espécie humana
apresenta uma posição filogenética dentro da Ordem Primata. Nesta, está a
Superfamília Hominóide, que incluem grandes macacos e homens. Os homens
modernos, da Família Hominidae diferem das outras espécies de Hominoidae na
estrutura da coluna vertebral, pé associado com o bipedalismo, polegar opositor
bem desenvolvido, cérebro aumentado.
Humanos e
chimpanzés (Família Pongidae) têm seqüências idênticas de aminoácidos em várias
proteínas; o DNA humano difere somente 1,1% dos pares de bases do genoma dos
chimpanzés.
Wilson e Sarich
(1969), estudando a distância imunológica do soro do chimpanzé e de humanos,
concluiu que essas espécies divergiram há 4 ou 5 milhões de anos.
Os estudos para
demonstrar o parentesco entre os Hominoidea incluem sequências de aminoácidos e
outras proteínas e sequências nucleotídicas. A partir dessas análises, não
consegue se distinguir o parentesco entre o chimpanzé ( Pan), gorila e
homem, devido as relações tão próximas desses. Um teste de parcimônia de dados
obtidos com enzima de restrição levou Templeton (1983) que o gênero Homo divergiu
antes que os gêneros Pan e Gorilla divergissem um do outro. Já Nei e
Tijama (1985), criticaram Templeton e concluiram, a partir dos mesmos dados,
que Homo e Pan estão mais relacionados.
Durante a evolução
dos hominídeos ocorreram algumas classes principais de mudanças, que começaram
a ser observadas nos ancestrais primatas:
Mudanças nas mãos:
o polegar completamente oposto é restrito aos grandes macacos (orangotangos,
gorilas, chimpanzés) e humanos. O dedo polegar humano é mais longo do que
no chimpanzé ou gorila. Além disso, é posicionado ligeiramente mais longe dos
outros quatro dedos, o que lhe permite opor-se a eles, bem como ter maior
rotação.
Nosso dedo polegar pode ser girado contra os dedos, o que permite pegar objetos de diferentes tamanhos com a mesma eficiência e manipulá-los com maior destreza. Essa alteração anatômica possibilitou uma ampla variedade de funções que os humanos têm e os macacos não.
O polegar opositor nos dá tanto força para agarrar, quanto precisão para desenvolver movimentos sutis. As atividades executadas pelas mãos humanas são bastante diversificadas e possibilitaram não somente a utilização de ferramentas como a lança e o machado, mas também linha e agulha.
Nosso dedo polegar pode ser girado contra os dedos, o que permite pegar objetos de diferentes tamanhos com a mesma eficiência e manipulá-los com maior destreza. Essa alteração anatômica possibilitou uma ampla variedade de funções que os humanos têm e os macacos não.
O polegar opositor nos dá tanto força para agarrar, quanto precisão para desenvolver movimentos sutis. As atividades executadas pelas mãos humanas são bastante diversificadas e possibilitaram não somente a utilização de ferramentas como a lança e o machado, mas também linha e agulha.
Mudanças nos pés: o
dedo que nos macacos é oponível, foi sendo perdido na evolução humana à medida
que os pés foram evoluindo para o bipedalismo. Caracterizados por possuírem
dedão grande e capaz de agarrar galhos, os pés das espécies de macacos atuais
são adaptados essencialmente à vida nas árvores. Os pés dos humanos, por sua
vez, são adaptados à locomoção bípede e o seu dedão serve como uma plataforma
flexível para caminhar e correr.
Aumento do cérebro:
Os chimpanzés atuais têm cérebros com 350 a 400 cm³, e provavelmente nossos
ancestrais tinham cérebros de tamanhos semelhantes. Os cérebros dos humanos têm
cerca de 1350cm³.
Mudanças nas
mandíbulas e dentes: durante a evolução humana, as mandíbulas retraíram-se para
trás para a face. Já as mandíbulas dos chimpanzés e nossos ancestrais
projetam-se para frente de suas faces. Os nossos dentes também se tornaram
menores, especialmente os caninos. Dentes humanos são geralmente menores e
menos especializados que os dos macacos. E a perda de caninos distintivos nos
Hominídeos às vezes é considerado como um sinal que formas menos competitivas e
mais cooperativas de comportamento social emergiram há muito tempo.
Nossas mandíbulas são relativamente pequenas. Esta tendência na
diminuição da robustez coincide no registro fóssil ao uso de fogo, e portanto a
substituição de uma característica física decorrente da aquisição de técnicas
culturais que acabaram por assumir algumas das funções biológicas básicas, como
mastigar materiais duros para torna-los digestível.
Bipedalismo:
locomoção ereta sobre duas pernas. Essa adaptação se reflete também nas
vértebras, no comprimento dos braços e na posição do crânio sobre a coluna
cervical. Bipedalismo e postura ereta são duas características co-relacionadas
que precederam o advento da espécie humana. Já se manifestavam em alguns de
nossos ancestrais mais remotos. O fato de serem bípedes lhes permitiu
sobreviver às mudanças climáticas que transformaram as florestas em savanas, há
5 milhões de anos.
Com a nova postura, as mãos ficaram livres para realização de outras tarefas que levaram ao aparecimento de um modo distintamente humano de vida. Nele se pode destacar a produção de ferramentas, com que o homem e seus ancestrais adquiriram vantagens na adaptação ao meio natural. Publicada no periódico "Proceedings of the Natural Academy of Sciences", em 16 de julho de 2007, uma pesquisa dirigida pelo antropólogo Michael Sockol, da Universidade de Nova York, propõe a teoria de que o ser humano passou a andar em pé porque isso é menos custoso em termos energéticos.
A conclusão do estudo afirma que o homem - por ser bípede - gasta 25% menos calorias para caminhar do que o chimpanzé, o qual anda com o auxílio dos braços, além das pernas. Talvez se possa considerar esse resultado uma evidência de que a preguiça é parte integrante da personalidade da espécie humana.
Com a nova postura, as mãos ficaram livres para realização de outras tarefas que levaram ao aparecimento de um modo distintamente humano de vida. Nele se pode destacar a produção de ferramentas, com que o homem e seus ancestrais adquiriram vantagens na adaptação ao meio natural. Publicada no periódico "Proceedings of the Natural Academy of Sciences", em 16 de julho de 2007, uma pesquisa dirigida pelo antropólogo Michael Sockol, da Universidade de Nova York, propõe a teoria de que o ser humano passou a andar em pé porque isso é menos custoso em termos energéticos.
A conclusão do estudo afirma que o homem - por ser bípede - gasta 25% menos calorias para caminhar do que o chimpanzé, o qual anda com o auxílio dos braços, além das pernas. Talvez se possa considerar esse resultado uma evidência de que a preguiça é parte integrante da personalidade da espécie humana.
Mudanças no
comportamento social e cultural: a situação cultural de uma sociedade pode ser
observada por meio das ferramentas e outros objetos associados aos fósseis. A principal
inovação da cultura humana é a linguagem, sendo difícil estudar sua origem.
Expansão do homem moderno
Atualmente é aceito
que os primeiros hominídeos evoluíram da África. As questões difíceis, contudo,
dizem respeito aos fenômenos que ocorreram durante o qual a evolução do homem
moderno teve lugar.
De acordo com a
hipótese Multirregional, com base nos registros fósseis, os ancestrais do homem
moderno realizaram as primeiras migrações a partir da África, que duraram
milhões de anos. Estas migrações permitiram a formação de diferentes populações
de Homo erectus que evoluíram separadamente para as recentes raças humanas.
Já a segunda
hipótese , a de Origem Única, diz que um pequeno grupo de humanos
modernos teriam colonizado a Terra a partir de um único lugar. A evidência
genética tende a favor dessa hipótese. A partir da análise de DNA mitocondrial
de pessoas ao redor do mundo, mostrou evidência sobre um ancestral comum aos
humanos atuais. Além disso, extraiu-se DNA de fósseis de Neandertal, observando
que sua sequência era diferente das dos humanos atuais. Pela hipótese regional,
esse DNA deveria caber na filogenia humana, mas na verdade isso não ocorre,
sugerindo que do Neandertais não contribuíram geneticamente para populações
atuais.
Evolução cultural
A evolução cultural
consiste de mudanças no comportamento fundamentadas no aprendizado e não em
alterações de freqüências gênicas. Ela pode ser tanto vertical (transmissão dos
mais velhos para os mais jovens) como horizontal (por imitação de práticas
entre irmãos e entre companheiros do mesmo grupo) (Futuyama, et al.2002).
As inovações
culturas também sofrem processos seletivos, no sentido em que algumas práticas
se tornem parte da cultura ou não, sendo fixadas devido à uma utilidade.
Segundo Futuyama
(2002), a evolução cultural é larmarckiana: o comportamento, a língua e as
peculiaridades de um individuo adquire durante a sua vida, são transmitidos
para seus descendentes ou para outros indivíduos. Consequentemente, a mudança
cultural pode ocorrer muito mais rapidamente do que a evolução biológica e
mudanças súbitas podem ocorrer numa única geração.
Muitos autores têm
especulado sobre quais as forças da seleção natural levaram às características
marcantes dos humanos. Muitas características humanas, por exemplo, aparecem
neotênicas (capacidade de retenção, na idade adulta, de características típicas
da sua forma jovem ou larval). Neotenia pode ser conseqüência da lentidão do
processo de maturação dos humanos. Tal demora, segundo Futuyama (2002), pode
ser conseqüência da seleção para o grande aprendizado (inteligência), que é, nossa
característica mais importante.
Com o aumento da
capacidade para a cultura, os seres humanos foram moldando para si próprios um
meio social cada vez mais complexo e variável. As pressões culturais foram
responsáveis pela aquisição de novas características, como o aumento do pênis,
sendo uma conseqüência da seleção sexual. Outra aquisição foi a receptividade
sexual contínua da fêmea, talvez sendo uma adaptação para manter a união do
casal. Entretanto, existem pouquíssimas evidencias de tais hipóteses, sendo
difícil testa-las.
Algumas dúvidas
surgem a respeito de como a inteligência evoluiu a um grau tão extraordinário.
Segundo Futuyama (2002), a inteligência e selecionada positivamente (quanto
mais freqüente essa característica, mais vantajosa ela é). Tem sido sugerido
que a inteligência pode ter evoluído através das competições e agressões entre
os hominídeos primitivos, que necessitavam de habilidades mentais cada vez
maiores. Porém, não há evidências a respeito. Em outra hipótise, a inteligência
pode ter evoluído em ambientes pacíficos, onde havia uma desvantagem em
indivíduos menos inteligentes, seja na sua sobrevivência ou
reprodução.
Homo sapiens é uma espécie cosmopolita. Não existem
barreiras biológicas de isolamento entre as populações humanas, embora os
acasalamentos geralmente ocorram a partir das barreiras culturais criadas.
Os estudos de
variação genética que a humanidade divergiu muito recentemente na historia.
Existem diferenças muito pequenas entre as “raças”, além das morfológicas
facilmente reconhecidas. E, não há razão para distinguir as “raças” em grau de
habilidades mentais.
Nei e Roychoudhury
construíram um fenograma que mostra o grau de similaridade entre as populações
humanas. Considerando as freqüências gênicas, de uma maneira geral, a
similaridade genética das populações está relacionada com a proximidade
geográfica, que é esperado quando há fluxo gênico.
As condições
culturais das sociedades humanas têm influenciado e continuam influenciando
nossa evolução biológica. A partir daí, surgem questões, como: nosso
comportamento pode ser limitado pelos genes?
Devido a nossa
capacidade sem paralelo para a aprendizagem e para o pensamento e à história
exclusiva da experiência pessoal de cada um, cada ser humano experimenta um
ambiente diferente e a variação no nosso comportamento é, correspondentemente,
diversa.
Nosso comportamento
é geneticamente determinado no sentido comum, porém também é verdade que nosso
comportamento é uma consequência do ambiente.
Argumentar que
nosso comportamento, como uma espécie, é geneticamente determinado, significa
simplesmente dizer que ele tem limites- que a norma de reação é tão limitada
pelos nossos genes de tal forma que o quer que seja, se desenvolva
independentemente das condições ambientais.
1.A vida na historia da geológica
Pangeia:
A Terra tem a idade geológica calculada
entre 4,5 e 5 bilhões de anos. A geologia, ciência que se dedica ao estudo do
planeta, divide a idade geológica em eras, épocas, períodos, idades e fases.
No início a Terra apresentava sobre a
sua superfície um material derretido quente, muito quente, formado em grande
parte por ferro, níquel e outros metais pesados, que com o decorrer do tempo
foram se concentrando em seu núcleo .
Há cerca de 3,9 bilhões de anos , o
resfriamento permitiu a solidificação das rochas, dando origem a uma camada
sólida externa sobre a superfície terrestre , que é a crosta.
Até o começo do século 20, era consenso
entre os cientistas de que, desde que a superfície terrestre se solidificou, os
continentes estiveram sempre na mesma posição em que estão até hoje.
No entanto evidências científicas
mostraram que isto não é verdade.
Após estudar muito o assunto o
meteorologista alemão Alfred L. Wegener lançou uma hipótese diferente,
afirmando que, no passado (200 milhões de anos ) os continentes formavam um
único bloco, denominado de Pangéia e um só imenso oceano, Pantalassa.
Pangéia - Super Continente
Em virtude das forças internas da terra
a Pangéia teria
sido dividida por um longo braço de mar, dando origem a duas grandes massas
continentais: Gondwana e Laurásia.
Gondwana ao sul, abrangeria as atuais
áreas da América do Sul, Índia, África, Nova Zelândia, Austrália, Antártida,
Madagascar, além do Sri Lanka.
Laurásia, ao norte, incluiria as da
América do Norte, Groenlândia, Ásia e Europa.
No período Cretáceo (136 a 65 milhões
de anos atrás) este teria se dividido em várias partes, inclusive tendo se
deslocado até atingir a configuração atual. Esta hipótese de Wegener é
denominada hipótese da Deriva Continental.
Evidências
Wegener alegava que uma das evidências
de que os continentes poderiam ter se separado estaria no próprio contorno
deles.
Comparando a costa da América do Sul
com a África você pode observar que os dois continentes são complementares.
Além da semelhança entre os dois continentes existem outros indícios.
Há sinais de uma gigantesca glaciação
ocorrida há uns 250 milhões de anos e esses sinais são encontrados em todas as
áeas terrestres do hemisfério sul atual, como no Brasil, na África e na Índia.
Indicando que estes continentes estiveram unidos no passado e sujeito as mesmas
condições climáticas.
O fóssil do pequeno réptil Mesossauro
encontrado no Brasil e na África é uma explicação de que os continentes
estiveram juntos.
Brasil e África têm ainda rochas
sedimentares iguais, isto é, rochas que foram depositadas entre 350 milhões e
150 milhões de anos atrás.
Há cerca de 300 milhões de anos,
florestas substituíram o gelo e originaram depósitos de carvão. No sul do
Brasil e da África, a Austrália e a Índia existem depósitos de carvão com a
mesma idade.
Novas provas vieram do mar, com a
invenção do submarino e a eclosão da Segunda Guerra Mundial , neste período era
importante do ponto de vista militar conhecer o fundo do mar. Descobriu-se
grandes elevações e depressões da crosta terrestre no fundo do oceano, algumas
dessas depressões chegam a atingir 11 mil metros de profundidade onde há uma
intensa atividade tectônica alterando a posição dos continentes.
Placas que se movem (Teoria da Tectônica de Placas)
Hoje sabe-se que a superfície terrestre
não é fixa, e sim estamos sobre placas (continentes) que flutuam sobre o magma.
Portanto a teoria desenvolvida por
Alfred Wegener, a teoria de Tectônica de Placas ou da Translação dos
Continentes, é que explica a movimentação dos continentes flutuando sobre o
magma. A Teoria afirma que continentes ou terras emersas flutuam sobre magma ou
astenosfera.
Em razão dos movimentos tectônicos, a
placa Sul-americana afasta-se da Africana a velocidade de 2 cm por ano.
Verifica-se também um afastamento entre a África e a Ásia, na região da
península arábica, com a tendência do mar Vermelho aumentar de largura,
originando um oceano. Além disso, as zonas sísmicas ou de terremotos e de
vulcanismo encontram-se na faixa de contato entre as placas que são áreas de
instabilidade geológica
Baseado na confirmidade de contorno
entre a costa brasileira e a costa africana, Alfred Lothar Wegener,
meteorologista alemão, escreveu seu livro intitulado "Teoria da Deriva
Continental" (The Origin of Continents) publicado em 1917. Elaborou esta
representação, porque acreditava que os continentes estivessem assim agrupados
no passado e em razão de um fenômeno que desconhecia, teria ocorrido uma
separação proporcionando entre outros a atual geografia na Terra.
Não existe nenhum trabalho na
atualidade que diferencie o que Wegener havia estabelecido em seus
levantamentos. Tudo o que se pode perceber é uma tendência que busca admitir o
que dizia aquele que em seu tempo era ridicularizado. Nada foi acrescido desde
então e tudo o que podemos perceber é a procura por elementos que comprovem
esta teoria sobre a antiga geografia.
Alfred Lothar Wegener (1880-1930)
Percebam que nesta reordenação tal como
apresentada, não existe nenhuma diferença na ordem magnética comparada à atual,
o que na verdade já incorre em um erro, pois todos os trabalhos realizados
desde 1950, como os que tiveram resultados no sopé da Serra Nevada com a equipe
liderada por Allan Cox, auxiliada por Richard Doell, e um cientista Brent
Dalrymple, especializado em uma técnica recém criada de datação a partir do
árgon ou nos trabalhos de Fred Vinne e Drummond Matheus no Oceano Índico, dão
conta de que os pólos da Terra já tiveram vinte e cinco posições diferentes nos
últimos 250 milhões de anos, mas sem nenhuma lógica ou ordem cronológica para
se estabelecer de quanto em quanto tempo possa ser repetido o processo de
modificação.
A verdade é que existe a necessidade de
se estabelecer o antigo agrupamento continental a partir de uma correta
referência, para não incorrer em um erro que impossibilite o conhecimento de
suas condições quando da interação dos seus elementos físicos.
Só assim é que podemos não apenas
conhecer a antiga distribuição e condição dos continentes, mas também saber por
qual motivo teve a modificação que trouxe como resultado a atual geografia.
Árgon
Elemento químico presente nas rochas,
liberado ao longo do tempo. Sabendo-se a razão do tempo em que é liberado e a
quantidade encontrada, pode-se descobrir a data do
mineral.
Tabela cronoestratigráfica simplificada, em que se
mostram as divisões cronoestratigráfica até à Época, segue-se uma coluna de
datação radio métrica, das diferentes divisões tempo-estratigráfico, desde a
Formação da Terra (4.600 milhões de anos=4,6 Giga-anos (Ga); o
Ga=1.000.000.000 de anos=mil milhões de anos) até à atualidade. A coluna da
Evolução Biológica apresenta certo pormenor, a coluna das Glaciações mostra
bem o que foram as alterações climáticas ao longo da história da Terra. A Orogênese
apresenta os períodos de tempo geológico em que se edificaram as maiores
cadeias montanhosas e, finalmente, a Paleogeografia que refere alguns dos
principais aspectos geográficos da Terra ao longo da sua história.
Os
métodos de datação podem ser de dois tipos: relativos e radio métricos (absolutos). Os métodos relativos,
já foram descritos, e fixam os acontecimentos numa escala de "antes e depois", de tal maneira
que os possamos ordenar. Contudo, não permitem estabelecer a duração desses acontecimentos.
Através do método radio métrico
calcula-se o número real de unidades de tempo (anos) decorridas desde a ocorrência de um acontecimento. De uma
maneira geral, esse cálculo é feito por métodos radioativo.
Os
métodos de datação radio métrica,
radioisotópica ou isotópica permitem-nos datar as formações rochosas
com uma margem de erro pequena, à escala do tempo geológico, e devem o seu
progresso ao estudo da química
isotópica, que, com a espectrografia
de massa, consegue a valoração quantitativa dos isótopos de uma determinada
substância em função da sua massa atômica.
Em 1896, Becquerel observou que o urânio contido nos minerais era capaz de impressionar as películas fotográficas. Associou este fenómeno com as propriedades dos raios X. Mais tarde demonstrou-se que o urânio se desintegra espontaneamente e emite energia na forma de partículas e radioactividade. As partículas emitidas são núcleos de hélio (raios alfa) e electrões (raios beta). A radiação magnética realiza-se sob a forma de raios gama. Em 1905, o físico inglês Rutherford, após ter definido a estrutura do átomo, fez a primeira sugestão para usar a radioactividade como uma ferramenta para medir directamente o tempo geológico; logo depois disso, em 1907, o professor B. B. Boltwood, radioquímico da Universidade de Yale, publicou uma lista das idades geológicas baseadas na radioactividade. Embora as idades de Boltwood tivessem sido corrigidas, mostraram correctamente que a duração do tempo geológico deveria ser medida nos valores da ordem das centenas de milhares de milhões de anos. Os 40 anos seguintes foram um período da pesquisa sobre a natureza e o comportamento dos átomos, conduzindo ao desenvolvimento da fissão e da fusão nuclear como fontes de energia. Um dos resultados desta pesquisa atómica foi o desenvolvimento e o refinamento continuado dos vários métodos e técnicas usados para medir a idade dos materiais da terra. A datação radiométrica com grau de precisão aceitável (2 a 5% da idade real) foi realizada a partir de 1950, quando o espectrómetro de massa foi desenvolvido. A ciência que faz a datação radiométrica das rochas denomina-se Geocronologia. Um elemento químico consiste em átomos com um número específico de protões nos seus núcleos mas com pesos atómicos diferentes devido às variações do número de neutrões. Os átomos do mesmo elemento químico com pesos atómicos diferentes são chamados isótopos. A desintegração (decaimento) radioactiva é um processo espontâneo em que um isótopo de um elemento (pai) perde partículas de seu núcleo para dar origem a um isótopo de um elemento novo (filho). A taxa de decaimento é expressa em termos de meia-vida (semivida) de um isótopo, isto é, o tempo necessário para que a radioactividade de uma determinada quantidade de um radionúcleo decaia para metade do seu valor inicial. A diferença de 32 unidades de massa atómica entre o urânio 238 e o chumbo 206 representa 8 átomos de hélio (constituídos por 2 protões e 2 neutrões) ou partículas, que foram emitidos por sucessivos decaimentos. A maioria dos isótopos radioactivos têm taxas rápidas de decaimento (isto é, meias-vidas curtas) e perdem a sua radioactividade dentro de alguns dias ou anos. Alguns isótopos, entretanto, decaiem lentamente, e alguns destes são usados na datação radiométrica das rochas. Os isótopos pai e os filhos estáveis correspondentes, mais usados para determinar as idades das rochas antigas são listados no quadro abaixo:
Um
outro método radioisotópico
importante, usado com determinadas finalidades, é baseado no decaimento
radioactivo do isótopo carbono-14,
que tem uma meia-vida de 5.730 anos. Este método do radiocarbono
transformou-se numa ferramenta extremamente útil e eficiente para datar os
episódios importantes da Préhistória
e História do Homem. Por causa da meia-vida relativamente curta do
carbono-14, o método só pode ser usado para datar os eventos que ocorreram
dentro dos últimos 50.000 anos passados. O decaimento radioactivo do isótopo
do carbono-14, apresenta uma meia-vida de 5.730 anos.
|
A reordenação continental apresentada
ao lado, se diferencia das antigas que foram e são objetos de defesa das teses
de Wegener, porque apresenta a reorientação agrupada dos continentes a partir
de dois referenciais que são a costa brasileira com a africana e a região
conhecida como Grande Banco ao Leste da América do Norte com a Baía de Biscaia
na Europa.
Por estas referências nós temos a
possibilidade de reagrupar de maneira perfeita não apenas a Groenlândia à
Europa, mas também a própria Península da qual se consitituem Suécia e Noruega
mais próximas a este continente e a mesma Europa mais próxima ao Continente
Africano.
O que fica muito evidente e impossível ignorar, é a imensa região que se ausenta no meio do Oceano Atlântico entre a América Central e o Estreito de Gibraltar. Se medirmos a distância entre a proximidade do Suriname e o Estreito de Gibraltar, temos cerca de 3.800 km contornando a costa africana (linha vermelha número 3).
O que fica muito evidente e impossível ignorar, é a imensa região que se ausenta no meio do Oceano Atlântico entre a América Central e o Estreito de Gibraltar. Se medirmos a distância entre a proximidade do Suriname e o Estreito de Gibraltar, temos cerca de 3.800 km contornando a costa africana (linha vermelha número 3).
No entanto se medirmos a distância entre
os dois pontos a partir da costa americana (linha verde número 4), temos cerca
de 7.500 km. É portanto, impossível trazer a América Central para as
proximidades do Estreito de Gibraltar, evidenciando um imenso vazio no meio do
Oceano Atlântico. Este reagrupamento continental ainda está orientado a partir
de um referencial magnético que é a antiga posição do pólo norte da Terra
situado abaixo da Índia e ao Leste do Continente Africano (número 1).
Porquê deste referencial? Por que temos
nos registros mais recentes e nos levantamentos sobre regiões no planeta, o
posicionamento dos depósitos salinos e dos depósitos glaciários tal como segue
no mapa abaixo.
Vale lembrar que os trabalhos
realizados para a descoberta da mudança no posicionamento dos pólos só veio a
ser realizada após a 2a. Guerra Mundial, com o uso do magnetômetro. Wegener não
conhecia este processo, não sabia que os pólos haviam se alterado e não
conhecia os mapas oceanográficos que só vieram a ser elaborados mais de duas
décadas depois de sua morte.
Os depósitos glaciários são formações
geológicas conferidas a determinadas regiões do planeta que por permanecer
durante milhares de anos nas proximidades do pólo Norte magnético da Terra,
acabam apresentando características geológicas depositadas de elementos
glaciários. Isto só é possível quando da continuidade ativa de ação magnética
polar nesta região, sendo portanto impossível a outras localidades obter as
mesmas condições.
Os depósitos salinos são formações
geológicas obtidas com a concentração de sal em determinados pontos do planeta
que se encontram na linha equatorial da Terra (antigamente denominada
"Zona Tórrida") ao longo de milhares de anos. Estas condições de
salinidade concentrada é percebida com facilidade não apenas no Nordeste brasileiro
e em outras partes da Terra como na Índia, e Indonésia, mas também e
curiosamente se apresentam nas localidades
destacadas no mapa anterior, cujas regiões são famosas pelo produto, como na
França e na costa atlântica Norte Americana.
Estes depósitos salinos são evidência
comprovada de que estas mesmas regiões da Terra que se encontram na linha
tropical, já estiveram na linha Equatorial sob outra orientação pólo-magnética,
vindo de encontro ao resultado obtido e representado pela reordenação continental
já conferida.
Por todos estes resultados, fica sendo
de muita importância e de grande valor, o reconhecimento do significado que
representa para a ciência contemporânea, os trabalhos de um meteorologista
alemão, que não podia se conter diante das evidências que lhe ficaram patentes.
Mesmo sendo duramente questionado quanto à razão de sua lucidez, perseguido por
geólogos como Harold Jeffreys que em 1924 escreveria um livro intitulado
"A Terra", onde se apresentava como principal opositor aos seus trabalhos,
o então meteorologista não desistiu da sua tentativa inacabada de desvendar e
solucionar com provas incontestáveis sobre o que perturbava a lógica do seu
raciocínio.
Wegener dizia que se rasgássemos uma
folha de jornal e comparássemos as duas partes, ficaria impossível deixar de
admitir que ambas já estivessem unidas anteriormente, seja porque exista
concordância de contorno entre ambas, seja pelo corte das letras, seja pelo
sentido das palavras. Ele já havia encontrado fósseis de minerais e vegetais da
mesma linha equatorial na Europa e nos EUA que se correspondiam no tempo
geológico.
Jeffrey apresentava como principais
elementos que comprovariam os continentes estáticos, a inexistência de animais
pré-históricos do Terciário ou do Mezozóico nas Américas, tanto quanto a
inconformidade da América do Norte com a Europa. Ainda afirmava que mesmo a
costa brasileira e a africana não possuíam uma perfeição tão evidente como
deveria.
A primeira afirmação de Jeffrey foi
derrubada quando nos anos 60 foram encontrados diversos animais não apenas na
América do Norte, como também nos Pampas na Argentina e mais recentemente no
território brasileiro, não apenas do Terciário, como do Mesozóico e até do
Paleolítico. À medida em que se passam os anos isso vai ficando mais evidente
ainda.
A segunda afirmação de Jeffreys não era
do conhecimento da ciência e não faria parte deste estudo, assim como até o
presente ainda não se constitui em um objeto referencial para a continuidade
das pesquisas em torno deste assunto. Mas as evidências aqui apresentadas podem
fazer com que o internauta perceba que esta também não é uma barreira, mas sim
uma prova à mais para o que abordava o pesquisador, visto que a conformidade da
costa da América do Norte com a Europa é muito bem definida.
A terceira das apresentações defendidas
seria estudada por um talentoso estudante da universidade da Tasmânia, que em
1954 concluiu existir uma conformidade de contorno mais precisa ainda do que se
imaginava, pois a tão somente 200 km da costa dos dois continentes a
concordância é mais correta e existem imperfeições quando do mapeamento pela
estratificação da cartografia sobre contornos geográficos em uma forma
esférica.
O planeta ao ser mapeado, faz aparentar
uma porção de terra como sendo muito maior do que verdadeiramente é,
principalmente se a localidade estiver mais próxima a um dos círculos polares,
como no caso da Groenlândia e da América do Sul. Jeffreys nunca se pronunciou a
este respeito.
Hoje a pesquisa realizada por Wegener
não é apenas reconhecida como Teoria de Wegener ou Teoria da Deriva
Continental, como também obrigou ao reconhecimento de uma nova ciência, a
Geofísica que engloba os diversos segmentos relativos ao planeta, como a
oceanografia, climatologia, temperismo, vulcanologia, sismologia, meteorologia,
geologia, geografia, paleomagnetismo,
magnetismo, fenomenologia, entre outros.
Os dinossauros no
mundo:
Dicionário Aurélio: S. m. pl. Paleont.
Grupo de reptis arcossauros, diápsidos, próximos dos
crocodilos atuais. Surgiram inicialmente no triássico, foram os animais
dominantes no jurássico e desapareceram no final do cretáceo. Dominaram terras,
águas e mesmo os ares, como os pterossauros, e dividiam-se, basicamente, em
dois grandes grupos: saurísquios, com quadril de lagarto, e ornitísquios, com
quadril de ave. Quando os dinossauros
viveram?
A Terra tem mais ou menos 4,5 bilhões de anos. Os primeiros dinossauros
surgiram há 220 milhões
de
anos. E como era essa época? É difícil
imaginar uma época tão distante. Até aprece que os dinossauros viveram no
começo dos tempos. O nosso planeta, porém, já existia bilhões de anos antes da
Era dos Dinossauros. Elas viviam aqui durante 160 milhões de anos, o que
é um período bastante extenso. O homem existe há 3 milhões de anos, de modo que
temos uma longa estrada até ser tão bem sucedidos quanto os dinossauros.
Desde que foi formada a Terra não
parou de se transformar. A terra, o mar e o clima mudaram, assim como os
animais e as plantas. Até os dinossauros se transformaram , ou seja, evoluíram.
Diversas espécies deles passam por um processo de evolução durante o período em
que viveram na Terra. Os dinossauros foram os animais mais bem sucedidos na
Terra, uma vez que viveram 160 milhões de anos. Motivos:
- Adaptaram-se ao mundo à sua volta.
- Sua pele era escamosa e à prova d'água. As escamas sobrepostas mantinham o bicho seco e protegido.
- Punham ovos com casca bem dura, o que facilitava a sobrevivência dos filhotes.
- Os dinossauros podiam se locomover mais facilmente que muitos animais de sua época, de modo a encontrar alimento e fugir rapidamente dos inimigos.
Algumas
espécies eram herbívoras, outras carnívoras, o que significa que havia comida
suficiente para todos.
A VIDA ANTES
DOS DINOS
|
Os
dinossauros não foram os primeiros seres vivos. A vida começou bilhões de
anos atrás antes deles com a forma mais simples possível: uma única célula.
Gradualmente as formas de vidas foram evoluindo.
|
1
- INICIO DA VIDA: 3000 MAA (MILHÕES DE ANOS ATRÁS)
Os primeiros
seres vivos eram muito simples, formados apenas por uma célula. São as
bactérias e a algas verdes de 3 bilhões de anos foram encontrados nas rochas.
As águas termais no Parque de Yellowstone, nos EUA contém bactérias e algas simples:
cenas semelhantes à do inicio da vida.
2
- VIDA NO MAR 600-530 MAA
|
Antes de surgiram os peixes os
mares eram habitados por outras criaturas. Muitas delas se pareciam com
animais marinhos atuais, como as medusas, os moluscos denominados braquiópodes,
e diversos tipos de vermes. Uma espécie que não sobreviveu foi a dos
tribobitas. Eram animais de esqueleto muito duro, como uma couraça, mas
articulado, de forma que podiam se movimentar. Suas pernas eram como as do
camarão e, para se proteger, fechavam-se em
bola.
3
- PLANTAS SEM FOLHAS & INSETOS: 410-380 MAA
|
As primeiras
plantas não tinham folhas nem flores e seu tamanho não ultrapassava 4 ou 5 cm.
Essa floresta em miniatura crescia nos pântanos e no meio dela escorpiões
caçavam centopéias.
4
- PROLIFERAÇÃO DOS PEIXES:390 MAA
|
Os primeiros animais com coluna
vertebral foram os peixes. Acredita-se que, neste período, o Eusthenopteron,
que usava a testa como apoio para "andar" saiu do mar rastejando.
Foi o ancestral dos animais terrestres
|
5
- ANFÍBIOS REGEM: 370-280 MAA
|
Os anfíbios vivem tanto na
terra como na água, onde botam seus ovos, Os anfíbios são a evolução dos
peixes. Nessa época os anfíbios foram bem sucedidos. Alguns deles eram bem
grandes, como o Ichtyostega, que tinha 1 m de extensão. Lembrava um peixe,
com escamas e barbatanas, mas possuía pernas para andar, apesar de preferir a água.
6
- RÉPTEIS DOMIAM: 310 MAA
|
Nesse período, havia mais répteis
na terra que anfíbios. Os cientistas acreditam que um grupo de répteis foi o
ancestral dos atuais mamíferos. O réptil Dimetrodon pertenceu a esse
grupo .
.
7
- INSETOS VOAM EM ALTAS FLORESTAS: 300 MAA
Pelas
imensas florestas cruzavam-se os primeiros insetos voadores, com as libélulas.
Alguns deles possuíam envergadura de asa superior a 70 cm. Foram os maiores
inseto que já existiram.
8
- O ANCESTRAL DO DINOSSAURO: 245 MAA
Os répteis
arcossauros, alguns deles semelhantes aos modernos crocodilos, encontravam-se
entre os animais da
Terra. Dessa espécie, o Euparkeria deu origem aos dinossauros.
9 -
INÍCIO DA ERA DOS DINOS: 220 MAA
Começa aqui a dominação do
mundo pelos DINOS
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A Extinção dos Dinossauros é um evento que intriga muito os
cientistas, existem uma série de teorias sobre a realidade do fato, mas até o
momento não se chegou a uma resposta definitiva.
Os dinossauros foram grandes animais que viveram na Terra durante a Era Mesozóica. Essas criaturas dominaram o planeta por aproximadamente 160 milhões de anos, foram os maiores animais já registrados na história. Próximo ao fim do período Cretáceo, algo aconteceu para eliminar esses animais do planeta, há cerca de 65 milhões de anos.
São várias as teorias que tentam explicar os motivos da Extinção dos Dinossauros. As especulações, atualmente, se dividem em dois grupos: teorias obsoletas e teorias plausíveis. As justificativas que integram o primeiro grupo foram formuladas em fase inicial dos estudos sobre os dinossauros e por causa de inconsistência ou imaturidades são tidas hoje como descartadas. Já as teorias plausíveis são as presentes nas pesquisas atuais, são mais maduras, entretanto ainda deixam lacunas na solução.
As teorias que se tornaram obsoletas realmente apresentam aspectos de pouca solidez. A teoria da Incompetência e Estupidez colocava em questão a incapacidade de evolução de tais animais pelo tamanho do cérebro, o que se sabe, não justifica a inteligência do animal. A teoria do Tédio Evolutivo argumentava que os dinossauros haviam atingido um grau máximo de evolução, não tendo mais em que desenvolver, foram extintos. Alguns cientistas acreditavam na hipótese da Catarata, sob a qual os animais teriam desenvolvido tal doença ocular por conta dos índices de raios ultravioleta, passando a morrer pela incapacidade de lidar com o ambiente. Outra doença que poderia ter extinguido os dinossauros seria a Desinteria, a qual teria levado os animais a uma progressiva extinção biológica. Para completar o hall de respostas baseado em doenças, haveria também o Câncer de Pele, causado pelos mesmos raios ultravioletas e impossíveis de se defender. Para completar, duas explicações mais extremas e infundadas aparecem. Uma diz respeito a uma Praga de Lagartas que teria dizimado a vegetação e assim acabado com os alimentos dos herbívoros e consequentemente dos carnívoros. Todas essas, contudo, foram descartadas.
Por outro lado, há explicações que são mais realistas e possíveis. A teoria do Vulcanismo acredita que os movimentos das placas tectônicas tenham causado uma extrema atividade dos Vulcões, impossibilitando a vida na Terra. Alguns acreditam que o Frio característico das fases de evolução do planeta tenha matado os animais de sangue frio e por continuidade os demais. A teoria da Decadência Gradual argumenta que os dinossauros não foram capazes de acompanhar as mudanças do planeta e foram se extinguindo gradualmente. Há também uma hipótese que sustenta a idéia de que Doenças, para as quais os animais não tinham defesa, surgiram e com o processo de migração dos dinossauros teriam sido espalhadas pelo mundo e infectado os demais. E a teoria menos aceita entre este grupo defende que animais Mamíferos se multiplicaram juntamente com seus hábitos de se alimentar de ovos de dinossauros, eliminando os animais aos poucos com sua alimentação.
Mas a teoria mais famosa e mais aceita sobre a extinção dos dinossauros é conhecida como Evento K-T. Os pesquisadores que defendem essa teoria acreditam que um meteoro colidiu com a Terra há aproximadamente 65 milhões de anos, o que é endossado por uma imensa cratera encontrada no Golfo do México com essa datação. O impacto da colisão teria aberto um buraco de cerca de 200 Km de diâmetro, causado alteração no eixo da Terra, estimulado a atividade de vulcões, gerado maremotos que teriam varrido toda a vida nas regiões litorâneas e exterminado milhares de animais nas regiões impactadas diretamente pelo meteoro.
Em consequência do choque, a Terra teria sido coberta por uma nuvem de poeira impedindo a passagem dos raios solares, assim as plantas ficaram incapazes de realizar a fotossíntese, os animais herbívoros morrido de fome pela falta de vegetação e os animais carnívoros sucumbido com a falta de alimentos também. O impacto do meteoro teria levado a uma reação em cadeia causadora da extinção dos dinossauros.
Os Dinossauros foram grandes animais que dominaram a Terra
durante a Era Mesozóica.
A
palavra Dinossauro tem origem grega e
significa “terrível réptil”, a denominação biológica do grupo Dinosauria foi feita pelo paleontólogo e
anatomista inglês Richard Owen, em
1842. Nesse grupo, Owen incluiu os animais recém descobertos que identificou
como bastante diferenciados dos répteis conhecidos. Os dinossauros se incluem
numa superordem de um grupo de arcossauros do
final do período Triássico e
que foram dominantes durante a era Mesozóica.
Porém suas características eram distintas de outros arcossauros por possuírem posição
diferente dos membros em relação ao corpo e o encaixe aberto do fêmur.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Superfilo: Vertebrata
Classe: Reptilia
Subclasse: Diapsida
Infraclasse: Archosauromorpha
Superordem: Dinosauria
Filo: Chordata
Superfilo: Vertebrata
Classe: Reptilia
Subclasse: Diapsida
Infraclasse: Archosauromorpha
Superordem: Dinosauria
Os dinossauros viveram na Terra do início do Jurássico (há 225 milhões de anos) até o final do Cretáceo (há 65 milhões de anos), período inserido na era Mesozóica. A divergência dos arcossauros aconteceu por volta de 230 milhões de anos atrás, no período Triássico, quando a extinção Permo-Triássica eliminou aproximadamente 95% da vida existente na Terra. A evolução dos dinossauros rapidamente determinou as características do novo grupo, na fase em que povoaram a Terra eram os maiores animais existentes. Os saurópodes, um dos grupos de dinossauros, por exemplo, representavam os maiores animais que viveram no planeta até então.
A superordem Dinossauria divide-se em outras duas ordens que tem como diferencial, entre outras características anatômicas, a estrutura da pélvis. Mas a taxonomia deste grupo ainda é discutida entre os cientistas. Por sua vez, os dinossauros eram divididos em seis grupos: Terópodes, maiores predadores da Terra; Saurópodes, como citado anteriormente, os maiores animais que já existiram no planeta; Ceratopsídeos, com adornos na cabeça; Estegossauros, com placas nas costas; Anquilossauros, com “blindagem” e “porrete” na cauda; e Ornitópodes, chamados de dinossauros-bico-de-pato.
O Eoraptor, primeiro gênero de dinossauro conhecido, apresenta pelos fósseis datação de 235 milhões de anos. É considerado pelos paleontólogos como o antepassado comum de todos os dinossauros, o que leva a crer que os primeiros dinossauros foram pequenos predadores bípedes. Já a espécie mais antiga que se tem notícia é brasileira, foi descoberta pelo paleontólogo Sérgio Furtado Cabreira, no Rio Grande do Sul, e recebeu o nome provisório de ULBRA PVT016, por causa da equipe de pesquisadores de Cachoeira do Sul também chamada Ulbra.
Há mais de dez teorias que tentam explicar a extinção dos dinossauros, a mais
aceita é a que aborda o Evento K-T.
Segundo este, no fim do período Cretáceo, há aproximadamente 65 milhões de
anos, um asteróide se chocou com a Terra fazendo subir uma poeira suficiente
para barrar a passagem de a luz solar. O fato gerou uma reação em cadeia, as
plantas, que necessitavam fazer fotossíntese, morreram, os dinossauros
herbívoros ficaram sem ter o que comer e em seguida os dinossauros carnívoros
também ficaram sem alimentos. Assim os dinossauros se extinguiram, sobrando
apenas a linhagem que já tinha dado origem aos primeiros pássaros.
POSIÇÃO
FILOGENÉTICA DA ESPÉCIE
DEFINIÇÃO
SOB ASPECTO EVOLUTIVO
- Seres vivos que sofreram (e sofrem) pressões seletivas, sob influência de um meio ambiente em transformação.
- Sofremos os mesmos processos que todas as outras espécies.
- Somos uma espécie que vive em sociedade e apresenta características peculiares.
POSIÇÃO
FILOGENÉTICA
O primeiro
aspecto a ser analisado é a posição da nossa espécie diante dos seres vivos
atuais, quais as relações existentes ? Quais são os seres vivos com os quais
compartilhamos ancestrais mais próximo ?
As fotos e
informações e informações citadas na tabela abaixo foram obtidas no CD-Rom Os
Mamíferos produzido pela Universidade de Oxford e versão brasileira da
Publifolha.
Hylobates syndactylus - Siamangue.
Uma família de siamangues
composta de um macho (à esquerda), uma fêmea e um filhote. É possível ver o
grande saco vocal do macho, que infla durante a vocalização. Os siamangues
costumam vocalizar nos limites do seu território para avisar os outros grupos
que mantenham distância
Congêneres: 8, incluindo -
Gibão-ágil;
Gibão-de-mão-escura Hylobates agilis
Gibão-de-topete;
Gibão-de-bochecha-branca Hylobates concolor
Gibão-de-sobrancelha-branca
Hylobates hoolock
Gibão-prateado
Hylobates moloch
Gibão-de-bonéHylobates
pileatus
Tamanho comprimento cabeça+corpo 47-59,5 cm, cauda ausente;
peso 10,5-11 kg.
Coloração: preto, com saco vocal cinzento ou rosado.
Distribuição: Sudeste Asiático, na Malásia e Sumatra. Tam. do grupo: pequenos grupos
familiares.
Dieta: principalmente material vegetal, como folhas e
frutos; também insetos, ovos de aves e pequenos vertebrados.
Reprodução: provavelmente não sazonal; um filhote por vez.
Longevidade: cerca de 25 anos.
Situação atual: ameaçado pelo desmatamento para obtenção de
madeira; sua distribuição já sofreu redução drástica devido ao desmatamento e
as populações estão ficando fragmentadas; algumas populações estão em áreas
protegidas.
Hylobates lar
Gibão-lar;Gibão-de-mão-branca;Gibão-comum.
O gibão-lar desloca-se
balançando-se através das árvores; usa os longos braços como pêndulos até
conseguir impulso suficiente para alcançar a árvore seguinte; esse método é
denominado braquiação.
Tamanho: comprimento cabeça+corpo 44-64 cm; sem cauda; peso
5-6 kg.
Coloração: varia de uma população para outra, de
camurça-claro a marrom, marrom-escuro, preto ou vermelho; pele da face
geralmente cinza a cinza-escura; a pelagem da face pode ter um anel branco ou
ser muito mais pálida que o resto do corpo, com uma linha de demarcação nítida;
mãos e pés brancos.
Distribuição: sudeste Asiático, na Tailândia, Península Malaia e
Sumatra.
Tam. do
grupo: pequenos grupos familiares.
Dieta: principalmente frutos.
Reprodução: provavelmente não-sazonal; apenas um filhote por
vez.
Longevidade: cerca de 25 anos.
Situação
atual: ameaçado, com populações diminuindo
apesar da proteção legal; os principais motivos são o desmatamento de seu
habitat nas florestas e a caça ilegal para obtenção de carne.
Pongo pygmaeus, Orangotango
O
orangotango era outrora encontrado em muitas partes do Sudeste Asiático e na
Indochina, mas hoje só existe em Sumatra e Bornéu. Suas populações continuam
diminuindo, à medida que é destruída a floresta, seu habitat.
Congêneres nenhum; uma única espécie.
Tamanho: comprimento cabeça+corpo 78-97 cm, sem cauda; peso
40-90 kg.
Coloração: varia de alaranjado brilhante, nos animais jovens,
a castanho ou cor-de-chocolate em alguns adultos; face rosada nos animais
jovens, preta nos adultos.
Distribuição: Sudeste Asiático, no norte de Sumatra e na maior
parte das planícies de Bornéu.
Tam. do
grupo: solitário.
Dieta: principalmente frutos, como manga, figo, jaca,
durião, lechia e mangostão, além de brotos e folhas novas, insetos e cascas de
árvore; às vezes, ovos de aves e pequenos vertebrados, como filhotes de aves e
esquilos.
Reprodução:provavelmente não-sazonal, mas se reproduz somente
a cada três ou quatro anos, apenas um filhote por vez.
Longevidade: até 60 anos.
Situação atual: corre perigo de
extinção pela destruição do habitat, após grave redução das populações devido à
captura para zoológicos e comércio de animais.
Gorilla gorilla beringei Gorila-das-montanhas.
A hora da
sesta de uma gorila-das-montanhas e seu filhote de três anos. A lenta taxa de
reprodução dos gorilas - apenas um filhote a cada cinco anos mais ou menos -
dificulta a recuperação das populações e diminui a eficiência da reprodução em
cativeiro.
Congêneres: uma subespécie da única espécie de gorila; 2 outras
subespécies -
Tamanho: comprimento cabeça+corpo 1,5-1,8 m, sem cauda;
peso 90-180 kg.
Coloração: preto a cinza-amarronzado, tornando-se cinzento
com a idade; nos machos mais velhos, grande parte do dorso é branco-prateada;
pele cor-de-azeviche.
Distribuição:
África, nas montanhas do Zaire,
Ruanda, Uganda, República dos Camarões e Gabão, a altitudes de 1.650-3.790 m.
Tam. do
grupo: pequenos a
grandes grupos.
Dieta: material vegetal, como folhas, botões e caules.
Reprodução: não-sazonal; somente um filhote por vez; gêmeos
são raros e em geral só um sobrevive.
Longevidade: cerca de 35 anos em estado selvagem, 50 anos em cativeiro.
Gorilla gorilla graueri
Gorila-das-planícies-orientais
O
gorila-das-planícies-orientais vive nas florestas do Zaire e está em risco de
extinção devido à caça ilegal, facilitada pelas recentes disputas ocorridas
nessa região e o consequente acesso a armas. Outras sérias ameaças são a
destruição do habitat e as armadilhas de laço usadas na caça de outros animais.
Distribuição:
África, restrito ao centro e leste do Zaire.
Gorilla gorilla gorilla
Gorila-das-planícies-ocidentais
O
gorila-das-planícies-ocidentais pertence à mais numerosa das três subespécies.
Vive nas florestas tropicais, alimentando-se de dia e dormindo à noite em
ninhos de folhas que constrói nos galhos das árvores ou no solo.
Distribuição:
África Ocidental, do sudeste da Nigéria até o Zaire.
Situação
atual: o
gorila-das-montanhas corre sério risco de extinção, parcialmente em
consequência da destruição do seu habitat e da caça no passado, mas também
devido às repetidas guerras civis na região, que dificultam a continuidade do
serviço de proteção; o gorila-das-planícies-orientais também corre sério risco
pelos mesmos motivos; como o gorila-das-planícies-ocidentais é mais numeroso e
sua distribuição, mais ampla, suas populações parecem bem mais estáveis.
Pan troglodytes, Chimpanzé-comum
Os
chimpanzés são conhecidos pela habilidade de usar ferramentas. Este chimpanzé
está usando uma pedra para quebrar frutos de palmeiras. Também usam ferramentas
para tirar cupins do ninho, transportar água e, no cativeiro, para resolver
vários problemas.
Tamanho: comprimento cabeça+corpo 70-92 cm, sem cauda; peso
80-90 kg.
Coloração: principalmente preto, mas nos animais mais velhos
essa cor pode mudar para cinza; a maioria dos animais apresenta uma barba curta
branca; a face e a pele das mãos, bem como das solas dos pés, variam de rosa a
marrom ou preto, tornando-se, em geral, mais escuras com a idade.
Distribuição: oeste e centro da África, norte do rio Zaire, do
Senegal até a Tanzânia.
Tam. do
grupo: grupos
grandes.
Dieta: material vegetal, como folhas, frutos, flores, sementes,
caules, casca e seiva de árvores; insetos; mel; ovos e mamíferos, como
antílopes e veados jovens, e outros macacos e babuínos.
Reprodução: não-sazonal; apenas 1 filhote por vez, raramente
gêmeos.
Longevidade: mais de 50 anos.
Situação
atual: ameaçado em
conseqüência da destruição e fragmentação do habitat e da caça, principalmente
nos lugares em que devastam plantações; seu número também sofreu grande redução
no passado com a exportação para zoológicos e centros de pesquisa, bem como
devido ao comércio de animais de estimação
Os
principais métodos usados foram:
- Comparação dos cariótipos (Yunis & Prakash, 1982) - Homem; Chimpanzé; Gorila e Orangotango.
- essas espécies atuais compartilham um ancestral com a mesma estrutura fina dos cromossomos do Homem.
- Análises comparativas de alta resolução entre as espécies descritas sugerem que dos 23 cromossomos do homem atual 18 são virtualmente idênticos aos do ancestral Hominoidea comum e os cromossomos restantes são pouco diferentes.
- A primeira separação desta linhagem ocorre nos Gorilas e os três maiores rearranjos cromossômicos aparecem no ancestral comum ao Homem e chimpanzé antes da divergência final destas linhagens.
- dados sugerem a existência de um ancestral comum entre os orangotangos e o hominoide ancestral.
|
|
- Utilização da Genética-Bioquímica para análise comparativa entre proteínas do Homem, Pongídeos e Gibões (98 % de similaridade genética entre o Homem e o Chimpanzé)
- Hibridização do DNA (- 1,1 % de diferenças entre bases do DNA entre Homem e o chimpanzé). Tais diferenças estariam relacionadas principalmente a genes reguladores e de expressão no tecido nervoso.
- Enard e col. 2002 (Science, 12/04/2002 vol 296) identificou padrões de expressão gênica espécie-específica que indicam mudanças em proteínas e expressão gênica relacionadas ao cérebro humano.
- O primeiro estudo molecular realizado em 1967 indicava a separação entre humanos e macacos ocorreu a aproximadamente 5 milhões de anos. Desde então foram realizados cerca de 10 estudos utilizando várias metodologias de análise do DNA e todos indicam esse mesmo período. Hedge e cols. (Journal of Heredity -dezembro de 2001) comparando 50 genes integrantes do DNA nuclear de vários macacos, concluíram que nossa linhagem separou-se da linhagem dos chimpanzés entre 4,5 e 6,5 milhões de anos.
- Apesar da existência de vários trabalhos que indicam a mesmo período de separação, alguns geneticistas discordam, utilizando como argumento a existência de erro de calibração do relógio molecular,ou seja, é necessário rever e calcular quantas modificações de nucleotídeos ocorrem a cada milhão de anos, dado este obtido dos registros fósseis). Portando temos estimativas que a separação das linhagens tenham ocorrido a 10,5 a 13,5 milhões de anos.
Depois de analises foi visto que há uma grande similarida de genética entre os macacos e homens
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